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    Automação de processos: conheça aplicações na construção civil

    O que a incorporação da automação de processos significa para os empregos do setor?

    04/02/2020
    Por Luiza Bellintani

    Eficiência e produtividade são aspectos vistos com muita atenção por empreendedores do mercado imobiliário e de construção. Durante o andamento de uma obra, por exemplo, o tempo de trabalho, o gasto de materiais e a quantidade de trabalhadores no canteiro são elementos que podem afetar não só o orçamento do projeto como também a performance da execução. Desse modo, a automação e robótica na construção civil aparece  para solucionar muitas dessas questões. 

    Através de tecnologia, robôs e integração de sistemas para aprimorar funções e otimizar técnicas, existem diversos exemplos de automação na construção civil. Essas possibilidades se transformam em soluções para algumas lacunas deste setor, que é conhecido por não arriscar em inovações em seus projetos, comprometendo assim o aperfeiçoamento de sua produtividade.

    Devido à gama variada de aplicações, a automação pode trabalhar paralelamente a diversas outras tecnologias. Quando juntas, disponibilizam aos engenheiros e arquitetos ferramentas únicas e criativas para projetos mais eficazes, como é ilustrado no vídeo abaixo. (Para alterar a legenda do vídeo para português, siga os seguintes passos: Settings > Subtitles > Auto-translate > Portuguese)

    Drones

    Atualmente, uma das maneiras mais comuns de automatizar processos na construção civil é utilizando drones, equipamentos que permitem a obtenção de imagens aéreas de alta resolução e em larga escala. 

    Durante a fase de construção de empreendimentos, ele pode conduzir inspeções do local de obra, principalmente em obras altas e grandes como arranha-céus ou shoppings. Com ele, é necessário apenas um piloto que, mesmo remotamente, consegue coordenar a inspeção com segurança. Antes disso, era necessário mais de um trabalhador para realizar a função, e o trabalho poderia levar dias. 

    Ainda, drones levam a automação para a atualização de inventários de obra. Inspetores usam esses equipamentos para detalhar a quantidade de material disponível nas inúmeras pilhas dispostas pelo canteiro, por exemplo, reduzindo o tempo necessário para que isso seja feito. 

    Automação e robótica

    Investidores colocam milhões de dólares para o desenvolvimento de robôs para aplicações na construção civil a fim de aprimorar a produtividade no setor. Máquinas realizam ações de maneira autônoma, como o transporte de materiais ou a construção de determinada parte da obra, entre outras funções. 

    A empresa norte-americana Construction Robotics, por exemplo, desenvolveu um produto robótico chamado SAM 100, que é a sigla para semi-automated mason (pedreiro semi-automatizado). A máquina criada consegue empilhar até 2 mil tijolos por dia em uma obra, 1,6 mil acima do limite de um trabalhador humano. 

    Construção de unidades pré-fabricadas

    A automação de processos também pode ser vista na indústria, na construção de casas pré-fabricadas. Para esses projetos, a maioria das partes que formam a estrutura da casa ou do apartamento já é produzida dentro de fábrica, como placas de metal e de madeira e paredes com instalações elétricas e hidráulicas. 

    No canteiro, é feita a simples montagem dessas partes. Dessa forma, a pré-fabricação proporciona redução de mão de obra e de desperdício de materiais, além da diminuição do tempo necessário para a construção da unidade. 

    Automação e IoT

    Através da tecnologia da Internet das Coisas, sensores são capazes de fazer leituras de lugar, temperatura, pressão, entre outros pontos, em tempo real. Essas informações podem ser compartilhadas instantaneamente a máquinas autônomas, que, através de recursos disponibilizados por essa automação, realizam funções específicas em resposta ao que foi lido pelos sensores. 

    A automação vai fechar empregos no mercado?

    Tecnologias inovadoras, como automação, IoT, BIM, 5G, inteligência artificial, entre outras, ainda que tragam milhares de benefícios para o setor, são vistas com olhos temerosos por parte dos trabalhadores, que receiam perder seus empregos para as máquinas. 

    A partir dessa preocupação, um estudo foi realizado pelo MEPI (Midwest Economic Policy Institute) e, de acordo com os resultados, estima-se que em 2057 robôs podem ter substituído ou deslocado 2,7 milhões de empregos. Ainda que sejam números alarmantes, deve ser levado em consideração o contexto do mercado. 

    Na esfera da construção civil, funções no canteiro de obra representam 88% do potencial para automações. Equipamentos autônomos já são utilizados no setor, como em escavação, nivelamento e outras aplicações no local da obra.

    Outras funções correm menos risco de susbtituição, como reparadores de telhado (31%), operários de obra (35%) e trabalhadores que produzem chapas metálicas (39%). Um relatório desenvolvido pela McKinsey & Company – uma das bases para as estimativas feitas pela pesquisa – prevê que apenas 5% de todas as ocupações de todos os setores serão completamente substituídos por automação de processos.

    Mesmo que máquinas autônomas sejam de fato incorporadas em funções nos processos de obras, vale ressaltar que ainda é preciso de humanos para desenvolvê-las e consertá-las. Assim, novas oportunidades de emprego nesse campo são incorporadas ao setor.

    As aplicações de tecnologias e seus impactos na construção civil e no mercado imobiliário serão discutidos por especialistas no Smartus Proptech Summit 2020. Acesse o link para conhecer mais sobre o evento!

    Leia também: Produtividade na construção civil avançou 3,7% no 3º trimestre: o que significa?
    Construção civil foi responsável por 11% dos empregos criados em 2019

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