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    Médio e alto padrão cresce no 1º trimestre e MCMV paralisa em julho

    Balanços parciais das empresas de capital aberto indicam alta de 82% nos lançamentos

    30/4/19

    As prévias operacionais das incorporadoras brasileiras de capital aberto revelam que o setor imobiliário acelerou no 1º trimestre do ano, aumentando em 82,3% o VGV (valor geral de vendas) dos lançamentos e em 30,7% o montante arrecadado com as vendas em relação ao mesmo período de 2018.

    Somadas, as empresas Even, MRV, EZTec, Cyrela, Tenda, Helbor, Direcional, RNI e Trisul lançaram R$ 3,84 bilhões e venderam R$ 4,06 bilhões entre janeiro e março. O segmento de médio e alto padrão (MAP) foi o maior responsável pelo aquecimento do setor imobiliário no período, registrando crescimento em todas as incorporadoras que atuam nesta parcela de renda.

    O resultado do 1º trimestre está acima do previsto por entidades que atuam na construção civil, como Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), que projetavam aumentos de 20% nos financiamentos e de 30% nas vendas e lançamentos, respectivamente.

    Análise

    Especialistas interpretam que o bom momento do MAP se justifica mais pelos números ruins dos últimos anos do que por uma aparente retomada da economia, que ainda enfrenta problemas e cresce a solavancos. Outro ponto destacado é que havia uma demanda reprimida por unidades de médio e alto padrão.

    “Existe essa demanda [de médio e alto padrão] e obviamente existe oferta. O problema é que muitas vezes o potencial comprador não consegue crédito suficiente”, explica o diretor executivo da Smartus, Guilherme de Mauro.

    Neste sentido, a manutenção da taxa básica de juros no menor patamar histórico – 6,5% – e mudanças nas regras do Sistema Financeiro da Habitação em vigor desde o início do ano foram fundamentais para estimular financiamentos de unidades de médio e alto padrão.

    Outro fator importante é que os estoques residenciais reduziram para 11 meses ao final de 2018, estimulando o lançamento de novos projetos no 1º trimestre.

    Sem recursos para o Minha Casa, Minha Vida

    Na contramão da maioria das incorporadoras de capital aberto, as operadoras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentaram resultados medianos ou ruins. Apesar de ter o maior VGV do 1º trimestre, a MRV interrompeu uma série de 26 trimestres consecutivos (mais de 6 anos) de geração de caixa.

    A Tenda apresentou 44% de alta nos lançamentos, porém retraiu em 4% as vendas, enquanto a Direcional amargou resultados ruins tanto em lançamentos (- 27,7%) quanto em vendas (- 30,4%), em relação ao 1º trimestre de 2018.

    Os números apenas comprovam o momento delicado enfrentado pelo MCMV. Após ameaça de fechamento de postos de trabalho na construção e dias depois de o governo anunciar liberação extra de R$ 800 milhões para evitar a paralisação do programa, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou aos deputados federais que não há recursos a partir de julho.

    Inicialmente, a pasta teria recursos para tocar o programa até outubro, porém novos contingenciamentos reduziram a capacidade de subsídio até junho. O governo espera apresentar uma proposta de reformulação do programa justamente no início de julho. Até lá, dúvidas permanecem.

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