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    Incertezas sobre futuro do MCMV reduzem confiança de empresas do setor

    Em sentido oposto, operadores ligados à infraestrutura se animam com privatizações e concessões

    11/2/19

    O indicador de confiança da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o mercado imobiliário registrou queda no mês de janeiro em relação às empresas que atuam no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A consulta junto aos players captou a preocupação em meio às indefinições para o futuro do programa no Brasil.

    No início do mês, proprietários de pequenas e médias construtoras de Goiás protestaram no gramado do Congresso Nacional enquanto os deputados eleitos eram empossados, reivindicando liberação de subsídios para fechamento de novos contratos do MCMV – o dinheiro acabou em novembro e, desde então, a faixa 1.5 do programa não recebe repasses.

    Até o momento, o MCMV está sem recursos do Governo Federal por não pertencer a qualquer ministério, o que é obrigatório para que sejam efetuados repasses da União à Caixa Econômica Federal, operadora do programa. Isso acontece porque o Ministério das Cidades foi extinto pelo novo governo. O orçamento previsto para 2019 é de R$ 4,6 bilhões.

    Principal financiador do Minha Casa, Minha Vida, com orçamento na ordem de R$ 61 bilhões para o programa esse ano, o FGTS também pode sofrer mudanças nos próximos meses, com a provável execução da reforma da Previdência e o início do sistema de capitalização. Assim, os subsídios ao programa devem diminuir, tornando mais complicado o fechamento de novos negócios em habitações populares.

    Na avaliação da coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, Ana Maria Castelo, o programa vai caminhar “mais ou menos” em 2019, porque já tem um orçamento definido, mas existe incerteza quanto ao prosseguimento do MCMV no médio e longo prazos.

    O indicador da FGV revela que as empresas que operam no programa têm intenção de reduzir as contratações de funcionários nos próximos três meses.

    Com relação ao FGTS, em um cenário de mudanças surge como alternativa o financiamento pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que no ano passado forneceu R$ 57 bilhões para construção e aquisição de imóveis, maior quantia dos últimos três anos.

    Confiança para o setor de infraestrutura cresce

    Em sentido contrário, cresceram a confiança e as expectativas de empresários que atuam no setor de infraestrutura, diante da probabilidade de novas concessões e privatizações de empresas estatais.

    O secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Governo Federal, Salim Mattar, anunciou recentemente que o plano do Ministério da Economia é leiloar à iniciativa privada 135 das 138 estatais da União até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

    Considerando municípios, estados e o Governo Federal, estima-se que 32 projetos de desestatização sejam concluídos até o fim de março.

    Crédito da imagem: Joseana Pires

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