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    Incertezas com reforma da Previdência fazem confiança do mercado cair

    Expectativas para a economia e o desempenho dos negócios pioraram diante da tramitação lenta da PEC 6/2019

    20/5/19

    O mercado imobiliário está menos otimista com o futuro da economia brasileira. É o que revela o último levantamento feito pelo Termômetro GRI, que consultou 128 empresários, executivos e investidores do setor no Brasil. Dentre as razões responsáveis pela queda, destaque para a desaceleração da retomada econômica e a dificuldade para avançar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

    As incontáveis polêmicas entre os poderes Executivo e Legislativo – com indícios de que será bem mais complicado aprovar a PEC 6/2019 – levam a crer que o texto será bastante desidratado até chegar para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Isso se não for substituído por outra proposta, como tem cogitado boa parte dos parlamentares – jogando no lixo o plano do ministro Paulo Guedes (Economia).

    O governo esperava aprovar a reforma ainda no 1º semestre, ideia que se tornou impossível diante da tramitação lenta da matéria, aprovada apenas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) até o momento. Enquanto isso, Bolsonaro enfrenta desgastes com deputados – inclusive com aliados – e falha na missão de estabelecer uma base fundamental ao andamento da PEC da reforma.

    Números evidenciam urgência da reforma previdenciária

    Um artigo escrito pelo presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Luiz Antonio França, apresenta números importantes para entender a necessidade de reformar a Previdência: nos últimos 20 anos, os gastos previdenciários subiram em média 6,2% ao ano, enquanto a arrecadação líquida do governo subiu 3,5% ao ano, resultando no desequilíbrio contábil atual (que tende a piorar sucessivamente).

    Hoje, o Brasil tem pouco mais de 20 milhões de idosos (acima dos 65 anos) que representam 10% da população. Percentualmente, o governo já gasta tanto com a Previdência quanto países “envelhecidos”, casos de Alemanha e Japão, e a tendência é que o número de idosos só cresça nos próximos anos, ao passo que a taxa de natalidade deve continuar caindo. Como o sistema vigente é de repartição, é óbvio que a conta não fecha.

    O rombo total do ano passado, de R$ 290,2 bilhões de acordo com o Ministério da Economia, se aplicado integralmente na construção de habitações populares, financiaria mais de 10 milhões de unidades, quantidade suficiente para sanar todo o déficit habitacional brasileiro, que no ano passado chegou a 7,78 milhões de casas.

    Entretanto, sem a reforma programas habitacionais sofrerão cortes, como já vem ocorrendo com o Minha Casa, Minha Vida, e mais postos de trabalho serão fechados. A bomba vai estourar também em outros setores – saúde, educação, segurança pública, infraestrutura básica, todo o orçamento será estrangulado.

    Reação do mercado

    Como mencionado lá no início, os maiores empresários, executivos e investidores brasileiros têm reagido ao cenário de incertezas na política. Na última consulta do Termômetro GRI, referente ao mês de maio, 65,6% dos players continuam acreditando em melhoria do ambiente econômico nos próximos meses, queda de 31 pontos em relação a fevereiro (96,6%).

    Sobre o desempenho do setor imobiliário em 2019, 47,7% veem que os resultados das empresas serão bons e para 2,3%, serão excelentes, soma que é 33,9% menor do que as expectativas de três meses atrás. A aprovação de Bolsonaro também caiu entre os líderes do setor, de 97,7% para 60,9%. Fatalmente, o avanço ou a paralisação da reforma são condicionantes que impactam o humor do mercado.

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