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    Accor lança marca de coworking e Airbnb inaugura linha de luxo

    Concorrência entre as empresas ganha novo capítulo

    26/6/19

    Não é de hoje que as grandes redes hoteleiras ganharam um concorrente à altura para o modelo de negócio, com o sucesso do Airbnb. Muitas dessas redes, retiradas da zona de conforto, estão inovando no mercado imobiliário. É o caso da Accor, que tem 4,8 mil hotéis em todo o mundo e vai lançar sua marca de coworking, a Wojo.

    De acordo com o CEO da Accor na América Latina, Patrick Mendes, a ideia é explorar espaços inutilizados ou subaproveitados nos hotéis da rede, que só em São Paulo possui 40 empreendimentos. O grupo pretende ligar o uso do coworking ao programa de fidelidade dos hotéis, expandindo sua rede de clientes. 

    Ainda segundo Mendes, a iniciativa mostra que a Accor não está pensando apenas no usuário que dorme no hotel. Dos 600 milhões de clientes anuais que a rede recebe, apenas metade se hospeda – a outra metade realiza eventos e reuniões, utiliza os bares e restaurantes da companhia.

    Em entrevista ao portal NeoFeed, Mendes admitiu que as novas ações da rede são consequência do sucesso de empresas como o Airbnb. “O Airbnb virou um disruptor para nós”. Além de criar novos modelos, a Accor centralizou as ações dos usuários no aplicativo móvel, como as reservas de quartos e serviços e os pagamentos.

    A exemplo do que afirmou o CEO da Vitacon, Alexandre Frankel, no Smartus Proptech Summit, sobre o escopo da incorporadora residencial, Mendes disse que a Accor está deixando de ser uma rede de hotéis para se tornar uma empresa de gestão de clientes que utilizam seus serviços – inclusive o coworking

    O anúncio do lançamento da Wojo na América Latina é feito em um momento de alta dos espaços de coworking, que no ano passado superaram a marca de mil unidades no Brasil (considerando apenas municípios com mais de 150 mil habitantes). O assunto também foi debatido em painel do Proptech Summit.

    De acordo com a empresa de consultoria Cushman & Wakefield, a absorção dos espaços de coworking cresceu 354% em São Paulo nos últimos 3 anos. Em 2017, as unidades representaram 5,1% do total de imóveis corporativos de alto padrão comercializados, passando para 6,94% no ano passado e 18,08% até abril de 2019.

    Airbnb Luxe

    Um dos argumentos mais utilizados por executivos de redes hoteleiras para negar a preocupação com o sucesso do Airbnb é a questão da experiência do cliente, isto é, os usuários do aplicativo somente o escolhiam por questões financeiras. Pois bem, o Airbnb lançou sua versão luxo, com imóveis que chegam a custar US$ 1 milhão por semana e incluem a oferta de diversos serviços.

    De acordo com o diretor de estratégia de imóveis do Airbnb, Nick Guezen, a linha Luxe atende às necessidades de viajantes que não desejam dividir quarto ou ficar em acomodações menores, mostrando que todas as pessoas podem viajar com Airbnb. Inicialmente, são 2 mil imóveis cadastrados na plataforma.

    O modelo chega como concorrente direto da Accor, sendo uma rápida resposta à aquisição de locadoras de casas e apartamentos de luxo feita pela rede hoteleira nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra, reunidas sob a marca One Fine Stay. O Airbnb espera dobrar a quantidade de imóveis registrados nos próximos 18 meses, concentrando a procura em áreas urbanas. 

    No início do mês, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Manoel Linhares, em reunião com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Costa, solicitou a inclusão de plataformas como o Airbnb na reforma tributária, além de mudanças na Lei do Inquilinato.

    Na opinião de Linhares, a falta de regulação resulta em prejuízos na geração de empregos formais e no fomento de divisas ao País. “A lacuna na legislação tributária, no que se refere ao controle e à fiscalização dessa prática, pode levar a migração dos hotéis para esse tipo de sistema”.

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