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    Notícias

    Venture capital alcança 70% a mais de proptechs e construtechs em 2020

    Apesar das incertezas geradas pela pandemia, investimentos continuam em alta e mais pulverizados entre as startups

    Henrique Cisman

    23/11/2020

    Se é verdade que a pandemia da Covid-19 abalou os mercados de investimentos em seus primeiros meses de existência, também é fato que ela gerou oportunidades para uma série de startups que trazem soluções a outras empresas e consumidores. No Brasil, a quantidade de proptechs e construtechs investidas em 2020 é 70% maior em relação ao alcançado no ano passado, segundo o sócio-fundador da Terracotta Ventures, Bruno Loreto, em entrevista à Smartus

    “O mercado de venture capital está bastante aquecido. Com a taxa de juros lá embaixo, o investidor precisa correr riscos para encontrar melhores retornos e as startups são ativos que proporcionam ganhos exponenciais, embora haja o desafio de saber em quais empresas investir, ou seja, os investidores buscam companhias de venture capital para acessar as melhores oportunidades”, explica Loreto.

    Os números de 2020 mostram que há maior pulverização dos investimentos nas proptechs e construtechs em relação ao ano passado, uma vez que o volume aportado até o momento – cerca de R$ 1,8 bilhão – é próximo ao de 2019, embora haja uma quantidade muito maior de startups investidas (no ano passado, somente o QuintoAndar captou R$ 1 bilhão).

    Fundada há pouco mais de um ano pelos sócios Bruno Loreto e Marcus Anselmo, a Terracotta Ventures enxerga nos mercados imobiliário e de construção civil grandes oportunidades de investimentos porque ambas as atividades são “extremamente complexas, pouco exploradas [pelo mercado de tecnologia] e com muito espaço para disrupção”, nas palavras de Loreto.

    A gestora tem atualmente quatro startups em seu portfólio e está estruturando seu principal projeto: levantar um fundo de investimentos de R$ 100 milhões para aportar em proptechs e construtechs. O objetivo é alocar os recursos em 15 a 20 empresas que tenham alto potencial de crescimento e consigam impactar positivamente esses mercados nos próximos quatro anos, conta Loreto. 

    “Fechamos um primeiro grupo de investidores em outubro porque alcançamos a meta para iniciar a operação. Estamos selecionando empresas com potencial para serem investidas e talvez façamos um primeiro aporte já em dezembro, avançando para uma segunda rodada nos próximos quatro a seis meses”, revela o sócio da Terracotta Ventures.

    Atualmente, a gestora conta com recursos de treze investidores em oito cidades do país situadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, e pretende alcançar a meta de captação – R$ 100 milhões – até o final de 2021.

    O que vem por aí

    Na avaliação de Bruno Loreto, os próximos meses vão mostrar startups mais maduras realizando rodadas de captação maiores, algo na casa dos R$ 20 milhões a R$ 30 milhões, empresas que há poucos anos fizeram captações de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões e conseguiram evoluir, a exemplo de nomes consolidados como Loft e QuintoAndar no início de suas operações.

    “Outra tendência, em nossa leitura, é que mais startups façam transações ou fusões com empresas tradicionais, a exemplo do que vimos recentemente com a Gerdau investindo na Brasil ao Cubo ou mesmo a OLX comprando o grupo ZAP. Essas aquisições e parcerias estratégicas vão ser cada vez mais comuns e relevantes”, encerra Loreto. 

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