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    Tecnologia revoluciona mercado de seguros para construção civil

    Para todos os produtos, incluindo operações de home equity, digitalização do processo gera agilidade e menores taxas

    05/03/2020
    Por Henrique Cisman

    A utilização de tecnologia resulta em benefícios cada vez maiores para os mais diversos ramos da economia. No mercado imobiliário, do planejamento à construção, incluindo todas as demais etapas, novas soluções se revertem em melhores entregas com menores custos e maior agilidade. Tal efeito vem se estendendo, também, para a contratação de todos os tipos de seguros inerentes ao setor.

    Uma das principais referências no assunto é a empresa GEO Big Data, situada em Porto Alegre, com histórico de serviços prestados a mais de 4 mil empresas em todo o Brasil, com boa parte do portfólio de clientes formado pelas maiores incorporadoras, construtoras e loteadoras do país.

    A partir da coleta, sistematização e do estudo de milhares de dados obtidos desde 2004, quando a empresa iniciou as emissões de apólices para o mercado imobiliário, foram criados códigos e algoritmos que analisam os padrões de comportamento em todas as solicitações de seguros, possibilitando o desenvolvimento de produtos mais aderentes a cada segmento.

    Segundo a diretora da GEO Big Data, Rossana Costa, após 15 anos de operação no setor de construção civil, a empresa consegue entender exatamente que produtos e condições são necessárias em cada momento do projeto. “Eles [empresários do mercado imobiliário] precisam que a prestadora do serviço entenda o setor, pois, do contrário, o produto não vai caber no bolso ou no fluxo dele, na forma como ele opera”, afirma a especialista.

    Diferente de outras prestadoras de serviços de seguros, a GEO Big Data trabalha com taxas únicas em seus produtos, tornando a contratação menos burocrática, mais transparente e acessível. “Com uma incorporadora, é uma abordagem; com uma cooperativa de crédito habitacional, outra; com banco digital, outra. O segredo é conhecer o setor para o qual se pretende entregar a solução tecnológica”, explica Costa.

    Novamente, a estratégia só é bem-sucedida devido ao uso de tecnologia: “Fazemos monitoramento constante de gráficos, acompanhando sinistralidades e tendências, por exemplo: quem mais está comprando, se é mais jovem, se é mais velho, onde se concentra a maior fatia. É assim que chegamos a uma taxa [adequada]. Não basta ser taxa única, precisa ser a taxa única certa – boa para o cliente, mas que dê lucro para a seguradora”, completa a especialista.

    Mudança de patamar

    Na opinião de Rossana Costa, a tecnologia mudou o patamar de atendimento no mercado de seguros. Ela cita outro exemplo: em dezembro, a GEO lançou um sistema inteligente de faturamento para seguros de crédito, seja ele imobiliário, home equity e até prestamista usual para outros segmentos.

    Ela explica: “Uma cooperativa de crédito, por exemplo, todo mês ela vende mais unidades, ou empresta mais… todo mês ela tem que atualizar isso. Às vezes, ela tem 50 pontos de venda. Ela pode concentrar e nos entregar do jeito que ela captura. Se são 50 planilhas todas diferentes uma da outra, não tem problema. O nosso sistema recebe, compila, transforma para o padrão da seguradora que garante aquele produto e entrega a fatura para ela. Tudo em tempo real”.

    Nessa dinâmica, a contratante pode acompanhar os certificados e apólices de seguro de todos os devedores em tempo real, com login e senha próprios na plataforma GEO. “Isso ainda é incomum no mercado segurador”, afirma Costa.

    Na lista de produtos de seguros desenvolvidos pela empresa, existem desde os mais comuns no mercado, como cobertura de riscos de engenharia e responsabilidade civil e de danos físicos ao imóvel, até inovações como garantia de entrega da obra e DFI – Sistema Financeiro, que atende as exigências de todos os agentes financeiros públicos e privados no tocante à contratação de seguro para cobrir unidades dadas em garantia nos mais diversos tipos de contratos de crédito.

    Simulação e emissão automatizadas de apólices

    A simulação das condições em cada produto é realizada em minutos a partir do preenchimento de poucos dados. Uma vez encontrado o modelo mais aderente à necessidade, a emissão da apólice ocorre em até 24 horas – prazo máximo que leva para a GEO analisar a proposta, de acordo com a diretora Rossana Costa. Confira abaixo exemplos de simulação e envio de propostas.

    No padrão tradicional do mercado de seguros, esse processo leva, em média, uma semana, segundo a especialista. “Como as seguradoras não operam em massa [apólices para o setor], vão analisar todos os devedores, o que já leva uma semana, para depois dar o preço. Se a empresa [contratante] concorda, vai preencher essa proposta e após mais três ou quatro dias recebe a apólice”, ilustra Costa.

    Como, então, é possível analisar e emitir no mesmo dia? Novamente, a resposta é tecnologia. “A GEO não analisa crédito. Analisamos conceder ou não o seguro. Na verdade, nem isso, pois criamos robôs de subscrição que já têm os critérios. O indivíduo já é alertado ao preencher. É automatizado. Ele quer segurar R$ 10 milhões, mas o limite é R$ 5 milhões, ele não consegue”.

    Apesar de tanta tecnologia embarcada, a GEO consegue entregar as informações para a seguradora em diferentes modelagens: “Se a seguradora ainda não tem como receber em API (Interface de Programação de Aplicações), pode receber todo material em FTP protegido – vamos desenvolver para ela. Ou seja, conectamos as pontas sem, necessariamente, usar tecnologias ultramodernas”, diz Costa.

    Redução de custos

    De acordo com a diretora, a GEO é remunerada pela seguradora, na posição de prestadora de serviço, isto é, a intermediária entre o contratante (incorporadora ou outro) e o contratado (a seguradora). Já despesas como comissão para o corretor e IOF estão inclusas na taxa única cobrada do contratante. 

    Segundo a especialista, há casos em que a economia chega a 75%, por exemplo, para devedores com 60 anos ou mais. “Por ser taxa única, quando o indivíduo está na faixa dos 40 anos para cima, costuma ser metade do preço; se ele está com 60 anos ou mais, pode chegar a ¼ do valor [em relação ao praticado no mercado convencional]”.

    Em operações de home equity, em média, a redução de custos é de dois terços, afirma Costa. No próximo dia 19, a especialista vai palestrar no Smartus Proptech Summit sobre o impacto da digitalização da oferta de seguros na construção civil, com ênfase em home equity. Confira a programação e participe.

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