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    BIM acelera orçamentação em até 75% do tempo

    Tecnologia também oferece maior previsibilidade na obra e auxilia construtoras na entrega de empreendimentos

    Henrique Cisman

    22/09/2020

    As ferramentas baseadas em BIM (Modelagem da Informação da Construção, na tradução para o português) têm ajudado construtoras no planejamento e na execução de empreendimentos imobiliários, proporcionando maior assertividade, redução de prazos e custos na entrega dos projetos. 

    De acordo com o especialista Rafael Bahr, product owner da Mega Sistemas Corporativos, tarefas que geralmente levam de quatro a seis meses para serem executadas, agora são realizadas em até uma semana com a utilização de BIM, como é o caso da MPD Engenharia, construtora que utiliza o Rubk para validar os quantitativos e os custos de obra.

    Outro exemplo de sucesso obtido com a ferramenta vem da Construtora Laguna, que reduziu o tempo para elaborar o orçamento em até 75%. Segundo Bahr, a tecnologia é aplicada desde o estudo de viabilidade do projeto, passando por outras etapas até chegar na contribuição orçamentária. 

    “O mercado de construção civil tem um histórico de problemas com orçamentos, que geralmente estouram a previsão inicial, seja por falhas no projeto ou no levantamento quantitativo. O BIM se aplica muito bem em ambas as questões. Na falha de projeto, ele atua na compatibilização das diversas disciplinas. A empresa consegue antecipar a construção no modelo virtual, então a assertividade é muito grande”, explica o executivo.

    Em relação aos quantitativos, a tecnologia permite a extração automática dos dados a partir dos projetos em BIM utilizando ferramentas como o Rubk. Bahr elenca ainda outros fatores relevantes na orçamentação: facilidade de entendimento do projeto, de modo muito mais visual, e validação através do modelo para garantir que tudo foi quantificado no orçamento.

    “Investe-se muito mais tempo dentro do escritório, na etapa de planejamento, fazendo simulações das equipes de trabalho, sequenciamento de atividades e definindo planos, do que no canteiro de obras, propriamente”. 

    “Visualmente, consegue-se validar e entender [as etapas da obra] mesmo que a pessoa não seja um especialista no assunto, por exemplo, o investidor do projeto. É isso que garante a previsibilidade de execução”, afirma Bahr.

    “Série A ou Série B”

    De acordo com o especialista da Mega, uma das grandes contribuições da tecnologia BIM é na comunicação interna. “O grande problema de 90% das empresas – sejam elas construtoras ou não – é a comunicação, e o BIM permite que ela ocorra de forma transparente e eficaz entre os departamentos de uma empresa de engenharia”, assinala.

    Em relação aos ganhos financeiros, Bahr pontua que não é tão simples mensurar este valor, pois seria necessário realizar o mesmo projeto com e sem o uso de BIM. 

    A questão, entretanto, vai além: “Hoje, implementar e utilizar BIM é uma questão de posicionamento no mercado; é como jogar na Série A ou jogar na Série B – usar ou não BIM são mundos totalmente diferentes”, compara o especialista.

    Diante de uma alteração no projeto, todos os impactos no planejamento, no orçamento e na execução são avaliados simultaneamente e imediatamente quando se têm à disposição a tecnologia BIM. 

    “Em uma empresa que só utiliza o CAD 2D, por exemplo, uma alteração na prancha do projeto requer um esforço muito grande para replicar essa mudança nas demais etapas. Prazo e custo estão fortemente relacionados. Se atrasar a obra, certamente o custo vai ser maior também”, encerra Bahr.

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