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    Setor imobiliário é destaque na retomada do mercado de ações

    Momento positivo leva cinco construtoras a planejar entradas na Bolsa neste ano

    15/01/2020
    Por Daniel Caravetti

    Influenciado por um excelente desempenho do setor imobiliário, o mercado de capitais brasileiro apresentou recuperação no ano de 2019. De acordo com um levantamento realizado pela Economática a pedido do Estadão, o setor de construção foi o que teve maior retorno em 2019 na Bolsa de Valores, de 105,8%.

    O desempenho positivo das Bolsas de Valores se evidencia nos dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O número de emissões domésticas no mercado de capitais totalizou R$ 396,1 bilhões, o que representa crescimento de 59,3% em relação ao ano anterior. 

    O resultado contou com uma participação relevante dos FIIs (fundos de investimento imobiliário), que elevaram sua participação nas emissões domésticas de 6,3% para 9,0%. Este tipo de operação ganhou força no segundo semestre, com a retomada do setor, e aumentou o volume de captações em 2019 de R$ 15,7 bilhões para R$ 35,8 bilhões, crescimento de 128% em relação a 2018.

    Na indústria de fundos de investimento, a captação líquida foi de R$ 191,6 bilhões, mais do que o dobro registrado no ano anterior, de R$ 95,4 bilhões, com destaque para as ações. A classe encerrou o ano com o seu melhor resultado anual e com a maior captação líquida da indústria, R$ 86,2 bilhões, crescendo 195% em relação a 2018. 

    Dentro da classe de ações, nove dentre os 12 segmentos rentabilizaram acima do Ibovespa no ano, sendo que o maior ganho foi das small caps, de 51,98%. O tipo é referente a ações de empresas de baixa capitalização ou que não possuem a mesma liquidez das grandes empresas da Bolsa. 

    Vale lembrar que apenas duas das 17 corporações que compõem o Imob (Índice Imobiliário) não são small caps: BRMalls e Multiplan. O índice é composto ainda por Aliansce Sonae, BR Properties, Cyrela, Direcional, Even, Eztec, Gafisa, Helbor, Iguatemi, JHSF, Log, MRV, Tecnisa, Tenda e Trisul.

    Uma pesquisa realizada pela Smartus analisou as primeiras cotações de 2019 e 2020 e constatou que todas as empresas do Imob valorizaram suas ações durante o ano passado, exceto a Gafisa. Proporcionalmente, os maiores crescimentos foram de JHSF, de 318,2%, Trisul, de 277,3%, e Helbor, de 205%. 

    Já em relação à valorização monetária, os destaques foram Eztec, que teve sua ação valorizada em R$ 32, Aliansce Sonae, em R$ 25,27, e Cyrela, em R$ 16,81. A exceção Gafisa, entretanto, não acompanhou a retomada do mercado imobiliário e desvalorizou R$ 6,71, o que representa 39,8%. Confira no gráfico abaixo.

     

     

    Para explicar a disparidade da Gafisa em relação às outras empresas do setor é necessário lembrar de empecilhos que ocorreram durante o ano de 2019. Em fevereiro, o fundo GWI Asset Management, liderado pelo sul-coreano Mu Hak Yousaiu, deixou a companhia e foi responsável pela demissão de metade dos funcionários, não pagamento de fornecedores e paralisação de obras.

    A fatia da GWI no controle da empresa acabou vendida para Nelson Tanure, conhecido por realizar turnarounds, ou seja, resgatar companhias que enfrentam períodos problemáticos. No momento da venda, a Gafisa subiu 7% no pregão, porém parece ainda não ter encontrado uma solução para a sua gestão.

    Enquanto a empresa procura voltar aos trilhos o mais rápido possível, o setor tem expectativa de viver mais um bom ano. Em 2019, o resultado do Imob, que analisa o desempenho de todas as empresas em conjunto, foi de uma valorização de 73,9%, considerando os preços dos ativos nos primeiros pregões de 2019 e 2020, disponíveis no site da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. 

    Inclusive, segundo o Estadão, ao menos cinco construtoras residenciais planejam entrar na Bolsa neste ano, fato que não ocorre desde 2009, quando a Direcional estreou. Elas já estariam com ofertas iniciais de ações engatilhadas para este ano, que devem somar cerca de R$ 5 bilhões. 

    Além disso, as ofertas subsequentes do setor (novas emissões de empresas que já têm capital aberto) já foram motivo de fila no ano passado e devem seguir aquecidas em 2020. Isso significa que as construtoras procuram se estabelecer financeiramente para realizar os lançamentos deste ano.

    Em entrevista recente a Smartus, Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, reforçou a tendência de alta: “Acreditamos que a construção civil será o grande motor da economia esse ano. Quanto mais o setor cresce, mais o país se desenvolve”.

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    Foto: Imóvel Web

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