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    O que os investidores-anjo buscam em uma startup?

    Para sócio de fintech online de investimentos, empresa deve ter ultrapassado a fase de “ideia”

    28/02/2020
    Por Daniel Caravetti

    Receber aporte de capital pode ser a grande reviravolta na trajetória de novas empresas, como as startups. Em muitos casos, a companhia conta com um produto que pode revolucionar o cenário de um setor, porém não tem caixa suficiente para concretizá-la. Neste caso, existem agentes trabalhando justamente na busca de negócios inovadores, que estão dispostos a investir, como os investidores-anjo.

    O que é um investidor-anjo?

    Investidor-anjo é uma pessoa física ou jurídica que investe em empresas nascentes na qual enxergam um alto potencial de crescimento. O termo angel investor, em inglês, surgiu no século XX, nos Estados Unidos, e fazia referência aos empresários que bancavam os custos de produção das peças da Broadway, assumindo riscos e participando de seu retorno financeiro, bem como apoiando na sua execução.

    Portanto, reservar uma parte das economias para incentivar e apoiar o empreendedorismo não significa uma boa ação, mas a esperança de um retorno futuro. Por isso, em troca do investimento, geralmente, os investidores-anjo recebem uma participação societária no negócio, porém minoritária. Além disso, não ocupam posição executiva na empresa.

    Desse modo, os investidores-anjo devem ser criteriosos ao assumir o risco de financiar uma jovem companhia e, muitas vezes, precisam entender como podem auxiliar além do capital investido, como, por exemplo, com conhecimento e rede de relacionamentos, processo conhecido como smart money.

    Como conseguir um investidor-anjo?

    O economista norte-americano Brian Begnoche e seu sócio, o inglês Greg Kelly, fundaram, em 2017, uma fintech que busca filtrar as startups para os investidores e realizar rodadas de investimento online, chamada EqSeed. Com uma equipe especializada de analistas, a companhia busca startups com algumas características específicas que agradam os investidores-anjo ou mesmo fundos de investimento, como explica Brian em entrevista à Smartus.

    “Podem ser startups de qualquer mercado, mas precisam ser empresas que apresentem um modelo de negócio com escalabilidade e que já estejam em operação, o que muitas vezes, no Brasil, significa estar faturando. Ou seja, a companhia já deve ter ultrapassado a fase da ideia e estar com o produto disponível, transacionando”, diz.

    “Também é necessário ter uma equipe muito competente de diretores e um sócio que trabalhe full time na empresa. Isso sem contar que seja disruptiva e apresente um excelente potencial de crescimento, o que significa uma boa possibilidade de êxito para o investidor”, completa.

    Brian Begnoche, sócio-fundador da EqSeed, de terno azul

    Brian Begnoche, sócio-fundador da EqSeed

    Como funciona o investimento-anjo pela EqSeed? 

    O investimento é feito através da plataforma da EqSeed, que opera pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) desde 2017 e foi a pioneira neste serviço: “Após o processo de filtragem e a revisão de todos os documentos, as startups têm acesso a uma base de mais de 30 mil investidores. É como comprar uma ação na bolsa de valores, mas em um mercado de startups. Isso é interessante, pois é um serviço que anteriormente estava disponível apenas para as grandes empresas”, explica Brian.

    “A estrutura de investimento depende da natureza jurídica de cada empresa, mas o investidor sempre recebe participação societária. A maioria delas são sociedades limitadas, então o instrumento de investimento é uma nota conversível em ações. O investidor compra esse nosso conversível, que garante participação dele na empresa, no futuro. Ele vai ser um credor até a empresa se tornar uma sociedade anônima”, complementa.

    Os investidores-anjo sempre realizam smart money?

    De acordo com Begnoche, os investidores têm essa oportunidade, mas não é uma obrigação. Ele crê que o smart money é específico, ou seja, não existem investidores que sejam eficientes nesse ponto para empresas de diversos setores. Entretanto, aqueles que já têm experiência em determinado nicho podem ser muito úteis para uma startup.

    “Um empresário que já foi bem sucedido no mercado onde atua essa startup vai abrir portas e dar ideias muito importantes para a empresa. Normalmente, dentro de uma rodada, um ou dois investidores acabam realizando esse papel, na sua maioria aqueles com maiores valores investidos”, diz.

    Por que investir no Brasil?

    O norte-americano fundador da EqSeed ainda fala sobre o mercado brasileiro, no qual decidiu investir seu esforços juntamente com o seu sócio, Greg Kelly: “O Brasil é um país que chama muita atenção dos estrangeiros a tempo. Tem um mercado enorme, são 200 milhões de pessoas e todos falam a mesma língua, obedecem às mesmas regras. Existe muita coisa que ainda não foi feita no Brasil, ou seja, há bastante oportunidade de maneira geral”.

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