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    Notícias

    Como a posse de ativos imobiliários pode salvar empresas da crise?

    Alternativa de crédito pode ser útil para incorporadoras, que devem ter dificuldade para escoar estoque no curto prazo

    23/04/2020
    Por Daniel Caravetti

    A tarefa de sobreviver à crise econômica causada pela disseminação da Covid-19 já é uma realidade vivida por empresas do mais diversos setores, incluindo o imobiliário. Em meio a um cenário de insegurança econômica, este mercado prevê uma baixa na compra de imóveis e – consequentemente –  aumento nos estoques.

    Contudo, mesmo que não vendidos, os ativos imobiliários podem significar uma solução para empreendedores que buscam quitar dívidas e manter seu fluxo de caixa. A alternativa está relacionada ao empréstimo com imóvel de garantia, o home equity, que já vinha ganhando espaço nos últimos anos e se fortaleceu ainda mais durante a crise atual.

    De acordo com a Pontte, plataforma de empréstimo digital, solicitações de empréstimo nesta modalidade registraram aumento de 30% nos meses de março e abril, na comparação com janeiro e fevereiro. Somente neste mês, a companhia garante que os valores emprestados estão prestes a alcançar R$ 500 milhões, com participação significativa de pessoas jurídicas.

    Para a co-fundadora e CCO da empresa, Carol Schulz, existe um motivo para a maior procura pelo home equity: “Atualmente, a grande pergunta é como atravessar essa fase com o menor impacto possível. Por isso, 30% dos empréstimos com imóvel de garantia foram investidos em negócios. Essa modalidade surgiu como uma solução de juros baixos”.

    A razão pela qual o crédito com imóvel de garantia alcança menores taxas de juros também é esclarecida pela executiva: “Sempre que um imóvel é colocado como garantia, trata-se de um sinal de comprometimento, criando uma ponte de confiança. É mais inteligente e vantajoso porque está ancorado em uma relação de parceria. Dessa forma, é possível oferecer crédito com taxas, em média, cinco vezes menores das tradicionais”. 

    No contexto de recessão e imprevisibilidade, Schulz assegura que a Pontte tem trabalhado para flexibilizar o pagamento de dívidas: “Temos pensado em dar um ‘respiro’, um tempo de planejamento para o tomador do empréstimo, por isso as negociações estão sempre em aberto. Sabemos da imprevisibilidade da vida e procuramos facilitar ao máximo os pagamentos”.

    Busca por home equity deve ser ainda maior?

    A CCO da Pontte crê que a procura por crédito com imóvel de garantia será intensificada ainda mais durante esse período de isolamento social: “Apesar de já haver aumento das solicitações agora, acreditamos que esse número irá crescer com a extensão da quarentena decretada na semana passada. Até então, ainda havia muitas pessoas analisando quais seriam os danos decorrentes da crise causada pelo novo coronavírus, mas não necessariamente agindo para minimizá-los”. 

    Quando isso tudo passar, o home equity deve se consolidar como opção mais interessante de acesso ao crédito, uma vez que ainda é pouco conhecido no Brasil. Em live realizada pela Smartus, o diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio do Banco do Brasil, José Ricardo Forni, disse que apenas 1,4% das operações de empréstimo do banco são neste modelo. Para Schulz, a recessão vai aumentar o conhecimento sobre essa modalidade.

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