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Especialistas falam sobre primeira transação imobiliária em blockchain
Tecnologia permite integração de todos os atores envolvidos no ciclo de incorporação
27/9/19
O mercado imobiliário brasileiro experimentou a primeira transação realizada por meio da tecnologia blockchain em 2019. A Cyrela Brazil Realty efetuou lavratura e registro de escritura de um empreendimento localizado no Rio de Janeiro, em parceria com a empresa Growth Tech.
O CEO da startup, Hugo Pierre, participou do painel sobre blockchain no Summit Modelos Disruptivos 2019, organizado pela Smartus, e deu detalhes sobre a operação. De acordo com o especialista, trata-se de uma oportunidade de integrar todos os atores envolvidos no ciclo de incorporação: investidores, construtoras, prefeituras, cartórios, bancos, administradoras de condomínios e, é claro, os compradores e vendedores dos imóveis.
“As transações que necessitam passar [presencialmente] por cartório são muito burocráticas e a maior parte delas advém do setor imobiliário”, explicou Pierre sobre a criação da plataforma PropLedgers (junção dos termos Prop, de propriedade, e Ledger, do livro-razão que registra as transações), utilizada no empreendimento da Cyrela.
Pierre salientou que apesar de ser 100% digital, o processo não elimina a figura do cartório. “Cada transação é baseada em um referencial chamado Smart Contract que é definido em acordo pelos cartórios envolvidos”, disse.
Embora tenha sido utilizada especificamente para o registro de escritura nesta primeira operação, a plataforma consiste em um balcão de serviços que contempla todas as etapas da incorporação: i) compra do terreno, alvarás e licenças e registro da incorporação; ii) contratação da construtora; iii) obtenção de crédito; iv) serviços cartorários, escritura pública e registro do imóvel e v) gestão condominial do empreendimento.
Líder técnico de blockchain da IBM, o especialista Carlos Rischioto compôs o painel com Hugo Pierre e explicou aos participantes a estrutura das negociações baseadas na tecnologia. De modo geral, qualquer ativo pode ser transacionado através do blockchain, sejam eles físicos – como casas e terrenos – ou intangíveis: garantias, patentes etc.
Rischioto ilustrou a eficiência da tecnologia comparando operações convencionais às realizadas via blockchain. Em uma negociação imobiliária, no lugar das diversas idas e vindas nos processos realizados entre compradores, vendedores, bancos, seguradoras, órgãos reguladores e auditores, todos podem se conectar através da plataforma. “É um livro-razão compartilhado, replicado e permissionado, com consenso, procedência, imutabilidade e finalidade”.
Além de combater a burocracia, o blockchain aumenta a segurança das transações ao permitir que a fiscalização seja feita por demais participantes do sistema, viabilizando negócios digitais entre agentes que não se conhecem e, portanto, não têm confiança mútua. Com relação aos custos, Rischioto pontuou que a tecnologia é paga por uso e armazenada em nuvem.
Confira os podcasts do Summit Modelos Disruptivos 2019.
Também conhecido como “o protocolo de segurança”, Blockchain é uma tecnologia de registro que contém todas as transações processadas no sistema. A rede opera através de blocos encadeados que sempre carregam um conteúdo junto a uma impressão digital, sendo considerada extremamente segura e utilizada em algumas transações financeiras.
Atualmente, a principal importância do blockchain é garantir a segurança necessária para a criação de meios alternativos de pagamento, principalmente no meio digital. No caso do Bitcoin, por exemplo, o blockchain é imprescindível no processo do uso da moeda criptográfica. No mercado imobiliário brasileiro, o blockchain já é utilizado para agilizar transações entre compradores, vendedores e registradores de imóveis.
Traduzida literalmente como “cadeia de blocos”, a tecnologia funciona através de estrutura digital gerada por meio de um código de programação. Ela surgiu em meados de 2008 juntamente com o Bitcoin.
Associada ao surgimento do bitcoin, em 2008, a blockchain se trata de uma espécie de “livro-contábil” que registra operações e dissemina seus registros em rede para diferentes computadores. A tecnologia surgiu como uma forma segura de realizar as transferências da moeda digital e se expandiu para utilização em outros mercados além do financeiro.
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Foto: Flávio R. Guarnieri
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