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    E
    Editorial

    Por que nos cansamos do home office e dos encontros online?

    Eficientes como medida de emergência, modelos à distância não conseguem suprir papel das reuniões presenciais

    Novembro/2020

    Lá no início da pandemia de Covid-19, houve quem celebrasse o fato de estar mais perto da família, acordar no escritório e poder desempenhar suas funções sem os trajes muitas vezes incômodos, principalmente em dias de sol. Claro que essa realidade não foi, não é e nem será aquela da maioria dos trabalhadores do país, mas aqui vamos nos direcionar aos colaboradores de empresas que puderam fazer esse tipo de adaptação, inclusive incorporadoras, loteadoras e imobiliárias.

    Pois bem: explodiram ferramentas para as reuniões virtuais e imediatamente se começou a especular a respeito do futuro da dinâmica de trabalho diante da boa impressão deixada pelo home office nos empregados e nos dirigentes das empresas. Pelo menos inicialmente, o bem-estar foi regra para a maioria dos colaboradores e não houve queda de produtividade (pelo contrário, como já mostraram algumas pesquisas de consultorias e redes sociais). 

    Aqui na Smartus, publicamos uma série de matérias sobre a importância dos escritórios na contramão do que se tornou o senso comum dos primeiros meses de reclusão devido às medidas de distanciamento social. Não que seja meritório ou impressionante ter feito tal contraponto quando as manchetes eram todas entusiastas do home office, pois deve haver um motivo lógico para que as empresas sempre tenham alocado milhares de reais em espaços corporativos.

    Com o passar dos meses, foi se tornando cada vez mais cristalina a relevância que os escritórios têm para suas companhias. A falta de infraestrutura, de conectividade e de espaços apropriados para trabalhar começou a incomodar os colaboradores; na outra ponta, os líderes notaram uma vagarosa – mas constante – perda de identidade cultural, recaindo sobre o desempenho das equipes.

    A linha do tempo nos leva ao questionamento inevitável: por que nos cansamos de trabalhar em casa, das reuniões e dos encontros online? Antes de tentar responder à pergunta, um parêntese: trabalhando com o mercado de eventos, a mesma percepção foi captada pela Smartus. No início, as possibilidades oferecidas pelas plataformas online despertaram grande interesse da audiência, apesar da falta de prática, que logo foi superada pela vontade de participar.

    Ainda que os encontros virtuais consigam reunir nomes tão bons e relevantes quanto os eventos presenciais, e mesmo que o conteúdo seja maravilhosamente pertinente, perdeu-se aos poucos o pique e a pergunta mais comum é quando voltaremos a organizar os fóruns em hotéis. 

    É bem verdade que muitos aventureiros podem ser culpados pelo excesso de materiais – muitas vezes ruins – disparados para os executivos, mas nem uma curadoria extremamente cuidadosa conseguirá manter por muito tempo a atratividade dos encontros virtuais, o que nos leva à pergunta do título.

    Sem qualquer rodeio para respondê-la, o fato é que nada substitui o cafezinho, a troca de cartões, o olho no olho e o aperto de mãos, se considerarmos os eventos; ou as reuniões a portas fechadas, o bate-papo do almoço ou do café e as conversas sem maiores pretensões que levam a grandes ideias, no caso das empresas. 

    Em outras palavras, o trabalho remoto, as reuniões e os eventos virtuais têm seu valor e vão continuar sendo importantes, mas são incapazes de suprir todos os benefícios, prazeres e as possibilidades que somente os encontros presenciais podem proporcionar.

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