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    Novo contrato social do século XXI: a que se devem as transformações?

    Estudo do McKinsey Global Institute reúne principais mudanças sociais das últimas duas décadas

    26/02/2020
    Por Luiza Bellintani

    Tecnologias disruptivas, cenário econômico e político, tendências culturais, globalização, mudanças de comportamento… todos esses são fatores para a transformação da sociedade nos mais diversos aspectos. Exemplo disso é a renovação dos perfis da relação entre consumidores e instituições.

    Assim, o McKinsey desenvolveu um estudo para compreender tais transformações e o novo modelo de contrato social gerado a partir delas.

    A pesquisa – chamada “O Contrato Social do Século XXI” – observou as mudanças que aconteceram para a vida de consumidores, trabalhadores e poupadores que fazem parte de economias avançadas durante as duas primeiras décadas do século. Vale ressaltar que o estudo analisou essas mudanças de comportamento em países da Ásia, Europa e América do Norte, mas os insights podem servir ao Brasil.

    Segundo a análise, a mudança observada se resume na atual necessidades dos próprios indivíduos de ter maior responsabilidade por resultados econômicos. Para alguns, essa nova incumbência foi positiva, mas, como consequência, muitos perderam a confiança nas instituições.

    Esse novo modelo de contrato social exige dos grandes líderes de empresas atenção para dois pontos importantes: primeiro, a sustentação de ganhos conquistados a partir do aumento de produtividade, além de dinamismo de negócio, investimentos em economia, tecnologia e inovação; segundo, a preocupação com os desafios que os indivíduos enfrentam, especialmente os mais afetados.

    Alguns resultados percebidos pela pesquisa ilustram os motivos para a transformação do contrato social do século XXI. Segundo apontado pelo instituto, as oportunidades de emprego aumentaram em muitos países. Entretanto, ainda assim, a polarização do trabalho e a estagnação de renda continuaram sendo reais.

    Ademais, ainda que preços de bens discricionários e serviços estejam caindo, valores de necessidades básicas, principalmente moradia, estão aumentando rapidamente. E o que isso significa para o mercado de habitação?

    Quais mudanças foram observadas para o mercado imobiliário?

    Conforme apurado pela pesquisa, os preços de moradias – e de outras necessidades básicas como educação e saúde – estão crescendo com uma velocidade alta em comparação à inflação de outros mercados nos países analisados.

    De acordo com o instituto, esses custos aumentaram em praticamente todos os 20 países sobre os quais existem dados disponíveis. Nesses locais, a habitação é a principal causa da perda de poder de compra dos consumidores.

    Essa tendência pode causar preocupações no mercado imobiliário como um todo, principalmente porque a moradia é responsável por 24% do consumo das famílias. Ou seja, com preços de imóveis mais altos, maior é a preocupação de cada família quanto ao dinheiro que deve ser separado de suas rendas para este fim.

    Essa situação pode ser agravada de acordo com o perfil do consumidor do imóvel. Segundo o McKinsey, o custo de uma unidade minimamente padrão é de 23% da renda para jovens, em comparação com 14% para adultos e consumidores de mais de 65 anos.

    Em vista disso, a pesquisa estima que 165 milhões de pessoas são afetadas pelo aumento dos custos por habitação no países analisados. Os consumidores mais sobrecarregados com essa mudança de preços no mercado imobiliário são os grupos de baixa renda.

    Cenário brasileiro

    Ainda que o estudo não tenha incluído o Brasil, alguns resultados têm potencial de serem identificados no cenário local. 

    Em conversa com a Smartus, o diretor comercial da It’s Informov, Daniel Iannicelli, explicou que existe a possibilidade do aumento de custo para moradias no Brasil, assim como apontado na pesquisa. Segundo Iannicelli, esse movimento não se deve apenas às baixas taxas de juros, que são incentivos à busca de investimentos dentro do país, mas também à mudança de comportamento do consumidor. 

    “Nesse momento da economia, com a mudança de comportamento do próprio consumidor, que não busca mais a casa própria, existe um número de locações muito mais alto. Agora vai existir uma maior procura por locação, o que faz com que o preço [da locação] aumente, e, consequentemente, o valor do imóvel deve aumentar também”, aponta. 

    Para o diretor, a geração dos atuais ingressantes no mercado de trabalho é marcada pela busca por flexibilidade. Sendo assim, a tendência das próximas décadas é a de pessoas que evitam raízes, ou seja, buscam por opções de moradia que permitam versatilidade. “É uma geração que chamamos de gamificada, ou seja, se preocupa com fases, como em um jogo. Essa fase eu completei, qual é a próxima?”. 

    Assim, é possível traçar paralelos entre o que já é observado em outros países e o que poderá ser observado no cenário brasileiro em pouco tempo. As mudanças de comportamento, ou seja, o novo contrato social deste século, moldam não só pensamentos e tendências, como também movimentam todos os mercados.

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