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Construção é o segundo setor que mais preserva empregos na pandemia
Segmento ficou atrás apenas da agropecuária, pouco afetada pela pandemia devido à exportação de produtos
27/05/2020
Por Daniel Caravetti
A construção civil foi o segundo setor que mais conseguiu manter empregos durante o mês de abril, mesmo com saldo negativo de quase 67 mil postos de trabalho, derivado de 57 mil admissões e 124 mil desligamentos. As estatísticas são do Novo Caged, composto também por informações captadas dos sistemas eSocial e Empregador Web.
Afetada em menor intensidade pela pandemia, principalmente pela alta quantidade de produtos exportados e manutenção das atividades, a agropecuária foi o setor mais resiliente, apresentando saldo negativo de 5 mil empregos. No geral, o Brasil teve saldo de -860 mil postos de trabalho, resultado de 598 mil admissões e 1,4 milhão de desligamentos.
É importante ressaltar que a construção apresentou maior número de admissões que a agropecuária em 5 mil postos de trabalho, mas não alcançou um equilíbrio quanto ao número de demissões, o que ocasionou a diferença no saldo.
Nos três grupos de atividades econômicas restantes, o saldo negativo no número de admissões menos demissões foi maior que o dobro do obtido na construção civil. Com -196 mil, -230 mil e -362 mil empregos, indústria geral, comércio e serviços, respectivamente, apresentaram os piores resultados do mês de abril.
É verdade, porém, que dentro destes segmentos existem múltiplas atividades, as quais, por sua vez, obtiveram resultados distintos. Inserido dentro do setor de serviços, por exemplo, transporte, armazenagem e correio, atividades que não sofreram tanto impacto na demanda, obtiveram saldo negativo em 51 mil empregos.
Em relação aos desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado e trabalho em regime de tempo parcial, a construção seguiu apresentando o segundo melhor desempenho dos setores, atrás novamente da agropecuária. O segmento apresentou 739 acordos de desligamento e saldo de emprego em regime de tempo parcial de -260 postos.
Os dados confirmam a resiliência da construção civil na manutenção dos empregos durante a pandemia, fato que já havia sido verificado nos dados da Base de Gestão do Seguro-Desemprego (BGSD), do Ministério da Economia.
Adversidades
Importante ressaltar que em outros elementos da pesquisa do Novo Caged, os resultados da construção foram piores do que de outros setores. Na modalidade de trabalho intermitente, por exemplo, a construção teve o segundo pior saldo, com -533 vagas. Neste caso, o maior prejuízo foi do setor de serviços, no qual foram suprimidos mais de 2 mil postos de trabalho deste tipo.
Já quanto à variação salarial, a construção foi o setor que apresentou menor aumento, de apenas 0,2% no salário médio de admissão em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC). O destaque foi o segmentos de serviços, que teve variação salarial positiva em 8,8% nas contratações.
No conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em abril foi de R$ 1.814,62, registrando aumento de 6,7% em comparação ao mês anterior.
Desempenho dos estados
O Novo Caged informa que em abril todas as unidades federativas apresentaram saldos negativos em relação ao número de empregados. Enquanto São Paulo, o centro econômico do país, apresentou o maior número de desligamentos, aproximadamente 261 mil, Santa Catarina teve o pior desempenho percentualmente, com redução de 3,5% nos postos de trabalho.
A situação se repete quanto às respectivas regiões desses estados. Com -450 mil empregos, o Sudeste foi a região que mais teve demissões, sendo que, percentualmente, a queda é maior no Sul do país, que apresentou retração de quase 2,8% nos empregos.
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Foto: Universal Images Group via Getty
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