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    Sucinto e criticado, discurso de Bolsonaro em Davos agrada a investidores estrangeiros

    Analistas projetam investimentos bilionários no País se reformas avançarem

    25/1/19

    A participação da comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial, realizado ao longo dos últimos dias em Davos, Suiça, dividiu opiniões de veículos de comunicação, analistas e players dos mercados imobiliário, financeiro e industrial. Parte da imprensa estrangeira avaliou o discurso do presidente Jair Bolsonaro como decepcionante e superficial, em consonância com o posicionamento de veículos brasileiros – reforçado após Bolsonaro cancelar sua entrevista coletiva.

    Por outro lado, figuras importantes de grandes empresas, associações e entidades de classe avaliaram positivamente as declarações da equipe brasileira no maior evento mundial para atrair investimentos ao País. O foco em questões relacionadas à melhoria das relações internacionais e maior abertura comercial foi suficiente para alterar – ou pelo menos amenizar – o temor de líderes estrangeiros quanto a Bolsonaro.

    “Foi preciso convencer muitos dos participantes de que poderiam chegar até o Palácio do Planalto e não tomariam um tiro. Parece exagero, mas era assim que muitos viam o novo presidente” afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, que também é vice-presidente da Confederação Internacional das Associações de Construção.

    A opinião de Martins é corroborada por outros setores da economia. “O presidente passou as mensagens de forma clara e objetiva. Ali não é lugar para se aprofundar sobre os temas, os líderes mundiais não têm tempo a perder com longos discursos”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, Fernando Figueiredo.

    Bolsonaro utilizou apenas seis dos 45 minutos que tinha à disposição em seu discurso. Os ex-presidentes Lula, Dilma e Temer fizeram apresentações mais longas no evento, nunca menores do que vinte minutos. O atual presidente também mencionou temas como segurança e a escolha técnica de ministros e demais colaboradores do Executivo.

    É consenso, entretanto, que somente discursos positivos não bastam para atrair novos investimentos ao Brasil. Analistas pontuam que os tomadores de decisão precisam notar mudanças efetivas na política nacional, tais como o avanço das reformas da Previdência, tributária e fiscal junto ao Congresso.

    Neste sentido, a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, talvez tenha sido o grande trunfo da comitiva brasileira no encontro, principalmente quando sinalizou a intenção de reduzir a carga tributária das empresas dos atuais 35% para algo em torno de 15%. Mesmo que o governo imponha taxas aos dividendos para equilibrar a balança, a notícia é vista com bons olhos pelos investidores.

    Mediante avanço das reformas, R$ 100 bilhões devem entrar no Brasil

    Levantamento feito pela equipe do jornal Valor Econômico em Davos aponta que o Brasil pode receber R$ 100 bilhões em investimentos estrangeiros nos próximos meses, para serem aplicados, principalmente, no setor de infraestrutura e na capitalização de negócios. A cifra é uma média de análises feitas por diversos bancos de investimento.

    O otimismo dos players nacionais, já divulgado anteriormente pela Smartus, também é realidade no cenário externo. Larry Fink, diretor da BlackRock – maior gestora de fundos de investimento do mundo -, diz estar confiante com o Brasil, projetando investir mais no País a partir de 2019. Posicionamento semelhante é adotado por líderes de outros segmentos – alimentício, bancário e imobiliário são alguns exemplos.

    Tratando-se mais especificamente do setor imobiliário, a expectativa é expandir as formas de financiamento para novos negócios, diminuindo a dependência de recursos vindos do FGTS e da poupança.

    Crédito da imagem: Fabrice Coffrini/AFP

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