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    Recife recebeu apenas 5 empreendimentos econômicos em 4 anos

    Levantamento escancara dificuldades para construção de imóveis para baixa renda, apesar do elevado déficit habitacional

    25/7/19

    Um estudo realizado em conjunto pela BRAIN Consultoria & Pesquisa e Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) mostra que entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018 foram lançados apenas 5 empreendimentos com imóveis de até R$ 190 mil no Recife, o que, em número de unidades (1.116), corresponde a 4,3% do total de lançamentos.

    Expandindo a análise para a região metropolitana, foram lançados 7.835 imóveis econômicos, que equivalem a somente 6% do déficit habitacional local – calculado em 130 mil unidades de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, realizada pelo IBGE.

    Embora a discrepância entre oferta e demanda possa significar oportunidades para construtoras que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida, a realidade é que as menores faixas (1 e 1,5) estão prejudicadas pela falta de recursos da União para subsidiar novas contratações. Dessa forma, o MCMV funciona apenas para famílias enquadradas nas faixas 2 e 3.

    Era esperada para o início do mês a apresentação de uma proposta do governo para reformular o Minha Casa, Minha Vida, mas até o momento nada foi formalizado e o assunto perdeu espaço com a priorização de outras medidas, como aprovação da reforma da Previdência, discussão da reforma tributária e mudança nas regras para saques do FGTS

    De acordo com empresários do setor imobiliário do Recife e região metropolitana, além da escassez de recursos públicos, a região carece de terrenos onde sejam viáveis (financeiramente) a construção de empreendimentos econômicos.

    Na capital pernambucana, a preferência das incorporadoras, nos últimos anos, é por lançar imóveis com valor entre R$ 190 mil e R$ 400 mil (33,1%), os quais se encaixam nas faixas 2 e 3 do MCMV; unidades de médio padrão, entre R$ 400 mil e R$ 700 mil (29,4%); e estúdios – imóveis compactos com apenas um quarto.

    No dia 8 de agosto, a Smartus reúne autoridades municipais da capital pernambucana, empresários do setor e especialistas do mercado, incluindo o sócio consultor da BRAIN, Guilherme Werner, para debater a atual situação do município: desafios, projeções, tendências e oportunidades. Veja mais informações aqui.

    Cenário é o oposto em outras cidades pernambucanas

    Se no Recife apenas 5 dentre 242 empreendimentos residenciais lançados entre 2015 e 2018 são econômicos, a realidade é o inverso em outras cidades pernambucanas (com exceção à Olinda, onde a maioria dos projetos tem imóveis entre R$ 160 mil e R$ 400 mil). Em São Lourenço da Mata e Igarassu, 100% das unidades lançadas no período custam até R$ 180 mil.

    Dentre as cidades pesquisadas pela BRAIN e FIEPE, destaque também para Camaragibe (95,4% de imóveis econômicos), Ipojuca (71,3%) e Jaboatão dos Guararapes (51,4%). Percentualmente, a maior quantidade da nova oferta de luxo (entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões) está situada em Cabo de Santo Agostinho.

    Foto: Newville Imóveis

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