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    Notícias

    Prévias operacionais revelam aumento das vendas no 2º trimestre

    Tenda e MRV, focadas no segmento de baixa renda, bateram recordes de comercialização

    Daniel Caravetti

    21/07/2020

    Mesmo durante um período afetado integralmente pela pandemia de Covid-19, grande parte das incorporadoras do IMOB (Índice Imobiliário da B3) registrou aumento nas vendas líquidas no segundo trimestre deste ano, em relação ao anterior. De janeiro a março, apenas a última quinzena foi afetada pelo cenário de isolamento social e crise econômica.

    O melhor resultado neste comparativo foi da JHSF. Relativamente ao 1T20, a empresa teve alta de 239% nas vendas, que atingiram R$ 339 milhões. Na sequência, Tenda e Trisul tiveram aumento próximo a 30%, Even de 17% e MRV de 8%, demonstrando a recuperação gradual do setor imobiliário à crise.

    As incorporadoras EzTec e Cyrela registraram queda nas vendas em relação ao primeiro trimestre deste ano. A primeira teve baixa de 73% e a segunda de 35%. Veja o gráfico, lembrando que o restante das incorporadoras do IMOB não divulgou prévias operacionais até o momento.

    Vale lembrar que EzTec e Cyrela também apresentaram queda no comparativo com o segundo trimestre do ano passado, de 67% e 56%, respectivamente. Nesta relação, inclusive, que confronta o 2T20 com um período pré-pandemia, Even e Trisul também apresentaram baixa, de 39% e 32%, nesta ordem. Vale lembrar que as empresas citadas trabalham com segmento de média e alta renda, cuja demanda foi mais afetada neste momento.

    No comparativo anual, a maior alta de vendas segue sendo da JHSF, de 465%. O resultado se deve aos empreendimentos espaçosos de altíssima renda comercializados pela incorporadora, que tirou vantagem do aumento na procura por imóveis maiores. Neste sentido, a busca por terrenos também ganhou força, sendo que um loteamento da JHSF foi responsável por R$ 288 milhões ou 85% das vendas da empresa no 2T20.

    As outras duas incorporadoras que registraram aumento nas vendas no comparativo trimestral e anual foram MRV e Tenda. Respectivamente, as vendas líquidas das empresas cresceram 37% e 20% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O resultado confirma a previsão de uma maior resiliência do segmento de baixa renda à crise, uma vez que a demanda deve seguir alta em um país com grande déficit habitacional.

    É importante ressaltar ainda que ambas as incorporadoras bateram recordes no último trimestre. A Tenda teve o melhor período de sua história em vendas brutas, com R$ 689 milhões, e ressaltou a eficiência nas vendas online na prévia operacional divulgada. 

    Enquanto isso, a MRV atingiu, pelo segundo trimestre seguido, o melhor resultado de sua história em vendas líquidas, com R$ 1,81 bilhão. A empresa alegou ter apostado em uma estratégia de comercialização de estoque e redução de lançamentos. 

    Além disso, as duas empresas se mostram otimistas com o futuro e aproveitaram a baixa no mercado para adquirir alguns terrenos para incorporação. De acordo com as prévias operacionais, o banco de terrenos da Tenda atingiu VGV de R$ 10,7 bilhões e o da MRV, de R$ 52,6 bilhões.

    Lançamentos 

    Quantos aos lançamentos, as prévias operacionais mostram que a Tenda foi a incorporadora que apresentou maior alta em comparação com o primeiro trimestre de 2020, com aumento de 282% no VGV (Valor Geral de Venda). Já em relação ao 2T19, o crescimento foi menor, de 6%.

    Em ambas as comparações, Even e Trisul foram outras duas empresas que apresentaram crescimento. A primeira teve alta de 80% no comparativo trimestral e 11% no comparativo anual, enquanto a segunda registrou aumento trimestral pelo fato de ter interrompido os lançamentos no 1T20, e aumento anual de 25%.

    No segundo trimestre de 2020, foi a vez da EzTec suspender os lançamentos, tendo baixa nas duas relações. Quedas também foram registradas por Cyrela, com baixa trimestral de 74% e anual de 82%, e MRV, com baixa de 13% e 48%, respectivamente. 

    Os resultados demonstram que as estratégias adotadas pelas incorporadoras têm sido diferentes diante da pandemia. De qualquer modo, o cenário de baixos juros no crédito imobiliário e incentivos aos investimentos na economia real parece ser favorável para o setor apresentar uma rápida retomada.

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