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    Obras paradas prejudicam retomada do emprego na construção civil

    Maioria dos projetos abandonados é da área de saúde; habitação é a 4ª com mais problemas

    15/4/19

    Um levantamento realizado pela Brain Consultoria e Pesquisa mostra que havia mais de 4,6 mil obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) paralisadas no Brasil em junho do ano passado. Os números foram obtidos junto ao ex-Ministério do Planejamento (atualmente integrado ao Ministério da Economia) em pesquisa encomendada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

    O setor com mais abandonos é a saúde, com 36,7% dentre unidades básicas de saúde (UBS, 36,6%) e unidades de pronto atendimento (UPA, 0,1%). Na sequência vêm as creches e pré-escolas (20,8%), obras de saneamento (13,8%) e ações de urbanização de assentamentos precários (8,9%), onde entram as construções de moradias populares, cujo principal programa é o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

    A maior quantidade de projetos paralisados está na região Nordeste, com 43% do total, mas, em termos de investimento, o maior valor agregado fica no Sudeste, com R$ 87 bilhões, equivalentes a 65% dos R$ 135 bilhões desperdiçados em obras que até o momento não servem à população. Em alguns casos, o abandono e o vandalismo levam a um cenário de “recomeçar do zero”.

    Em meio ao caos, o vice-presidente do setor de infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Jorge, destaca a importância de retomar os projetos: “A construção civil é uma indústria altamente empregadora, com capilaridade enorme e um alto número de obras paradas. Isso pode transformar a tempestade na oportunidade perfeita”.

    20% de empregos fechados em 5 anos

    Pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) levando em conta o período entre 2013 e o fim do 3º trimestre do ano passado mostra que a construção civil fechou mais de 2,7 milhões de postos de trabalho nos últimos 5 anos, o equivalente a 21,6% dos empregos no setor.

    Dentre as causas do declínio, a instituição destaca o corte de financiamentos habitacionais e a redução de investimentos em infraestrutura, estrangulando recursos em áreas como saneamento, mobilidade urbana e energia. Os números foram levantados junto ao IBGE e Ministério do Trabalho.

    No início do mês, construtoras sinalizaram demitir 50 mil trabalhadores devido ao bloqueio de repasses do governo destinados ao MCMV. Indicadores que medem a confiança dos empresários também apresentaram piora no mês passado; cenários que podem se modificar mediante avanço de reformas consideradas importantes pelos players, sendo prioridade a reformulação da Previdência.

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