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    Financiamentos imobiliários crescem 30% no 1º trimestre

    Números reforçam indicadores sobre alta do mercado imobiliário de janeiro a março

    06/05/2020
    Por Henrique Cisman

    Boletim divulgado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostra que o volume de financiamentos imobiliários cresceu 29,8% no 1º trimestre do ano, totalizando pouco mais de R$ 20 bilhões em recursos emprestados para compra ou construção de imóveis. 

    No mês de março, houve alta de 5,6% em relação a fevereiro e de 19,4% na comparação com o mesmo período em 2019, com a soma de R$ 6,7 bilhões. De acordo com o boletim, pode ser considerado pouco expressivo o impacto do novo coronavírus e todas suas consequências sobre o crédito habitacional no âmbito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

    Sem pandemia, tendência era curva de alta nos financiamentos

    Em relação a dois anos atrás, quando o mercado imobiliário ainda sentia os impactos da crise econômica iniciada em 2014, o volume de recursos quase dobrou no 1º trimestre, corroborando as percepções de forte retomada do setor. A Smartus entrou em contato com a assessoria de comunicação da Abecip para sondar projeções para o 2º trimestre, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem.

    Em todos os recortes, os números são de alta na comparação com períodos imediatamente anteriores. Nos últimos 12 meses, o SBPE financiou R$ 83 bilhões, alta de 35% em relação ao período entre abril de 2018 e março de 2019. A quantidade de imóveis financiados em março aumentou 0,5% na comparação com o ano passado, o que indica maior participação dos produtos com ticket mais elevado.

    Volume no período de 12 meses é o maior desde 2014/2015, quando se iniciou a crise

     

    Apesar da Selic em seu menor patamar histórico (3% ao ano) – o que torna menos rentáveis aplicações em renda fixa, dentre as quais a poupança -, a captação líquida do SBPE foi positiva em R$ 8,2 bilhões em março, registrando um dos melhores comportamentos para o mês na história da caderneta, segundo a Abecip.

    No boletim, a associação assinala que “o desempenho muito superior ao de fevereiro reflete o empenho das famílias em ampliar as reservas necessárias para superar a crise do coronavírus, com suas ameaças para o emprego e a renda dos aplicadores”. Somada ao crédito dos rendimentos, a captação líquida levou o saldo do SBPE para R$ 659,3 bilhões, 7,3% a mais do que no ano passado.

    A Caixa continua na liderança em número de contratos e volume de recursos destinados ao financiamento imobiliário, próxima dos R$ 8 bilhões emprestados no 1ª trimestre. Bradesco, Itaú e Santander vêm na sequência.

    Na renda variável, FIIs também crescem

    Se o SBPE apresentou ótimos números em março, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) não ficam atrás. De acordo com boletim da B3, ao final do mês foi registrado novo recorde na quantidade de investidores na modalidade: 792,2 mil, alta de 3,91% em relação a fevereiro. 

    Embora o valor de mercado dos fundos tenha caído de R$ 101 bilhões para R$ 88 bilhões entre fevereiro e março, refletindo o temor de parte dos investidores com os rumos do setor em meio à pandemia covid-19, o patrimônio líquido dos FIIs aumentou para R$ 95,1 bilhões (ante R$ 94,5 em fevereiro), isto é, os ativos continuam entregando retornos ao investidor. 

    Em abril, entretanto, este indicador deve recuar, uma vez que importantes ativos foram totalmente prejudicados, como shoppings e escritórios, segmentos de peso na composição das carteiras dos fundos. Outro provável impacto é a redução das novas ofertas, que no 1º trimestre somaram R$ 7,8 bilhões, praticamente um terço de todo o volume ofertado no ano passado.

    Até março, os investidores brasileiros pessoa física permanecem liderando com folga em termos de participação por tipo de investidor, representando 62,7% do total. Na sequência, estão os investidores institucionais (28,4%) e os não residentes no país (6,7%). Por ora, o mercado imobiliário dispõe de recursos de diversas fontes, sejam elas os bancos ou o mercado de capitais.

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