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    Especialistas explicam como VR, AR e 3D ajudam a acelerar vendas

    Em painel do Smartus Proptech Summit, custos da implantação também foram debatidos

    21/5/19

    Um dos painéis do Smartus Proptech Summit reuniu especialistas do mercado para falar sobre as tecnologias de realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e visualização 3D para empreendimentos imobilários. A discussão procurou elucidar como cada ferramenta pode ser aplicada no setor e quais os ganhos em relação aos métodos convencionais de apresentação do produto ao consumidor.

    A moderação do painel foi realizada pelo CTO do GRI Capital, Amauri Sousa. O fundador e CEO da Sentio VR, Chaitanya Ravi, abriu a discussão destacando como a realidade virtual tem sido um agente capaz de modificar a percepção que o cliente tem do empreendimento, possibilitando novas estratégias de marketing e campanhas de venda às incorporadoras.

    “Com VR, os vendedores conseguem de fato colocar o cliente dentro da unidade, interagindo com o espaço. A tecnologia precisa ser utilizada, estamos falando de um dispositivo que permite ao consumidor entender que produto está em vias de adquirir, rapidamente, com economia de tempo e dinheiro”, ressalta Ravi.

    Chaitanya Ravi, CEO da Sentio VR, apresenta como a realidade virtual pode melhorar as estratégias de marketing e vendas

    Já Luiz Renato Roble, diretor de projetos da ISO Productions, falou sobre a utilização da tecnologia 3D, capaz de transformar um ambiente real em virtual a partir de câmeras infravermelho. A ferramenta funciona como uma “trena eletrônica que capta as dimensões reais do espaço, incluindo noções de luminosidade”.

    De acordo com Roble, a tecnologia facilita o processo de venda e locação de imóveis, pois o link com as informações da unidade pode ser enviado por e-mail, whatsapp e outros canais digitais. Os dados são armazenados em nuvem. “Isso não exclui a importância do corretor, mas torna o processo muito mais rápido”, enfatiza o especialista.

    Outra vantagem, afirma Roble, é que a ferramenta não permite edições, garantindo que o espaço seja realmente aquele que está sendo mostrado para o cliente.

    O painel também foi composto por Rodrigo Sagioma, fundador e CEO da Ideas Farm, que utiliza realidade aumentada para melhorar as vendas de empresas de diversos setores, incluindo o imobiliário. “A AR é um novo canal de comunicação com o cliente, que pode abrir o celular e apontar para um ambiente ou uma marca, ou puxar por geolocalização e receber as informações do produto”, explica.

    Para Rodrigo Sagioma, CEO da Ideas Farm, a adesão do mercado está sendo boa, embora noção de valor não esteja clara aos empresários

    Uma das aplicações da tecnologia AR é feita em parceria com a InstaCasa, startup que desenvolve projetos adaptados a diferentes tipos de lote. “A realidade aumentada permite ao cliente visualizar como ficará a casa escolhida para aquele terreno. O mercado está crescendo bastante e já há boa adesão, trata-se de uma tecnologia simples de implantar”, afirma.

    Investimento é acessível

    Ao falar sobre as vantagens das tecnologias VR, AR e 3D, os painelistas foram perguntados sobre os custos de implantação. De acordo com eles, o investimento já é bastante acessível e deve se tornar ainda mais reduzido ao longo do tempo.

    “É uma nova realidade. Com o 3D Showcase e outros tipos de realidade virtual você tem custos diferentes em relação aos métodos tradicionais de marketing, onde há custo de produção e do horário de inserção, do período de veiculação, então é preciso aproveitar as vantagens que a ferramenta oferece”, analisa Roble.

    Alguns dispositivos, como os óculos de realidade mista Hololens, desenvolvidos pela Microsoft, ainda têm custo considerável, sendo – por ora – mais utilizados em indústrias como a automobilística.

    Utilização ainda é rara

    Os especialistas divergem ligeiramente quanto ao conhecimento dessas tecnologias pelos players do mercado imobiliário. Para Ravi, que é indiano e vive no Chile, o uso já está acontecendo, mas é preciso que a ferramenta seja bem explorada para o investimento valer a pena. “A questão é se você vai inovar, aprender e implantar ou se vai esperar o mercado fazer e ficar para trás”, pontua.

    Já Luiz Roble analisa que o mercado tem “muito a crescer” no tocante ao domínio das inovações disponíveis. “Hoje, no Brasil, de 0 a 10 eu daria nota 2 [para a adesão do setor], porque as pessoas confundem muito 360 graus com 3D, por exemplo, e há claras diferenças”, exemplifica.

    Mercado ainda está distante de conhecer e utilizar as tecnologias disponíveis, avalia Luiz Renato Roble

    Sagioma concorda que o setor é iniciante, porém vê outro motivo para isso. “Na minha avaliação, seria 3 ou 4 [a nota quanto à adesão do mercado]. As pessoas ainda acham que é caro e nossa função é fazer em grande escala, barateando o custo”, avalia.

    Seja qual for a razão para o ramo imobiliário ainda não dominar as tecnologias, o fato é que são notados avanços sucessivos. “É uma tendência muito forte”, encerra Roble.

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