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    Selic recua para 5,5%; entenda por que é a hora dos fundos imobiliários

    Escritórios, galpões e centros de distribuição figuram como principais ativos

    19/9/19

    Em sua última reunião, realizada na quarta-feira (18), o Conselho de Política Monetária (Copom) do Ministério da Economia cortou novamente a taxa oficial dos juros no Brasil, a Selic, para 5,5%. Este é o menor patamar histórico do indicador.

    Quebrando recordes em número de investidores e recursos captados mês a mês, os fundos de investimento imobiliário (FII) são beneficiados pela redução da Selic. Primeiro, porque a maioria das aplicações de investimento em renda fixa se balizam pelo indicador; segundo, porque menores taxas de juros estimulam o consumo – inclusive a busca por imóveis.

    Em comunicado sobre a reunião, o Copom sugere que a Selic pode encerrar o ano em 5%, percentual que seria mantido até o final de 2020, uma vez que as “diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, assinala o conselho.

    O órgão destaca ainda que o cenário global com provisão de estímulos monetários, desaceleração econômica e inflação abaixo das metas produz um ambiente relativamente favorável para economias emergentes, como o Brasil. 

    Por outro lado, o Copom alerta que uma eventual frustração em relação à continuidade das reformas e à perseverança nos ajustes necessários na economia pode alterar o cenário desenhado: “O Copom avalia que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.

    No tocante aos FIIs, a medida deve inserir novos investidores nos fundos – principalmente os pequenos e médios – em busca de melhores rendimentos. Entre janeiro e agosto, o Ifix subiu 12,95%. Com menores taxas para obtenção de crédito (curso natural mediante queda da Selic), o consumo deve ser ainda mais estimulado, aumentando a rentabilidade dos FIIs.

    De acordo com o CEO da Credihome, Bruno Gama, “a cada 0,5 ponto percentual de queda na Selic são acrescidos em torno de 4 milhões de consumidores no mercado”, afirmou o especialista ao portal online da Folha Vitória. A Credihome indica que operações de dívida lastreadas em imóveis, como a securitização, também devem se beneficiar do corte na Selic.

    Especialistas destacam que os produtos com melhor desempenho nos principais fundos de investimento imobiliário têm sido lajes corporativas (escritórios), os centros de distribuição e galpões, devido à baixa vacância e ao aumento no preço dos aluguéis, e à menor volatilidade, respectivamente. Os galpões e centros de distribuição também são beneficiados pelo crescimento do e-commerce.

    De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o número de investidores em fundos imobiliários alcançou 1 milhão no primeiro semestre, mais que o dobro em relação ao mesmo período do ano passado (400,2 mil). Até agosto, a captação líquida foi de R$ 15,3 bilhões, 46% maior do que entre janeiro e agosto do ano passado, informa a associação.

    “Com juros baixos e maior estabilidade político-econômica, os fundos imobiliários encontram um cenário fértil para crescimento e se reforçam como opção de diversificação do portfólio dos investidores. Isso também se deve à gradual retomada do mercado imobiliário, que usa esses produtos como fonte de recursos, e estimula o crescimento de empregos e do PIB”, afirma o vice-presidente da Anbima, Carlos André.

    O maior apetite do brasileiro por investir já é observado por empresas do setor imobiliário. O presidente da Trisul, Jorge Cury, afirmou ao Valor Econômico que a baixa inflação e as menores taxas de juros têm atraído investidores para a compra de apartamento com vistas ao aluguel. “Hoje, 50% dos clientes são de investidores”.

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