Receba nossos conteúdos exclusivos!

O melhor conteúdo sobre o mercado imobiliário para você ficar por dentro de tudo o que acontece no setor!

    N
    Notícias

    Redução da Selic e IPCA como indexador beneficiam financiamento imobiliário

    Medidas favorecem empréstimos para compra e construção de imóveis, que bateram recordes no SBPE em setembro e outubro

    10/12/19
    Por Luiza Bellintani

    A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) divulgou o boletim informativo referente a outubro de 2019. Segundo o levantamento, os financiamentos imobiliários com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) alcançaram a marca de R$ 7,53 bilhões, segundo melhor resultado nos últimos 54 meses – desde maio de 2015.

    O volume de recursos captados para compra ou construção de imóveis só ficou abaixo de setembro, apresentando ligeiro recuo de 0,08%. Em contrapartida, houve crescimento de 33% em comparação a outubro de 2018.

    No acumulado do ano, foram aplicados R$ 62,3 bilhões na compra e construção de imóveis com recursos do SBPE. Esses resultados indicam elevação de 34% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 46,4 bilhões). Ainda, nos últimos 12 meses, de novembro de 2018 a outubro de 2019, foram alocados R$ 73,2 bilhões em empréstimos para aquisição e construção, indicando alta de 37,3% em relação aos 12 meses anteriores. 

    Em outubro, 29,7 mil imóveis foram financiados nas modalidades de compra e construção, 28,6% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. Além disso, esse número representa um aumento de 9,1% em relação aos resultados de unidades financiadas em setembro. Essa marca foi a melhor atingida nos últimos 54 meses, o que indica financiamento de unidades mais baratas, na média, do que no mês anterior.

    Redução da taxa Selic

    O último relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, apontou a redução da taxa Selic para 4,50% a.a (ao ano). A contração da taxa significa vantagem para o cenário de oportunidades em crédito imobiliário, uma vez que essa porcentagem serve de parâmetro para juros em empréstimos para construção e compra de imóveis. 

    A partir da redução da taxa, os juros a serem pagos em empréstimos imobiliários são menores, uma vez que tendem a acompanhar o índice-base do país. O Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne hoje e amanhã e existe a expectativa de que a Selic seja novamente reduzida, seguindo a previsão realizada pelas instituições financeiras no relatório Focus. 

    Indexação dos empréstimos ao IPCA

    O cenário de financiamento imobiliário também foi favorecido com a indexação dos empréstimos ao IPCA, isso porque os recebíveis atrelados a um indicador de mercado – ao invés da TR – têm muito mais atratividade para securitização, ampliando a disponibilidade de recursos para os bancos.

    Inicialmente oferecida pela Caixa, a medida também foi adotada pelo Banco do Brasil (BB) na última segunda-feira, 9. A modalidade será uma opção para financiamentos nas linhas SFH (Sistema Financeiro de Habitação) para imóveis de até R$ 1,5 milhão, e CH (Carteira Hipotecária), para imóveis que custam acima desse valor. O financiamento cobre até 70% do valor do imóvel em um prazo máximo de 180 meses.

    As taxas de juros nessa modalidade começam em 3,45% a.a + IPCA e vão variar de acordo com o prazo da operação. Os números são maiores que os apresentados pelas taxas da Caixa (começam a 2,95% ao ano e podem variar até 4,95% a.a para servidores públicos em condições especiais), mas ainda assim atrativos, em um cenário de inflação em baixa. 

    Embora os bancos privados ainda não tenham aderido ao IPCA, Itaú, Bradesco e Santander também reduziram suas taxas mínimas crédito imobiliário mediante quedas da Selic e apelo dos consumidores pela novidade anunciada pela Caixa e agora pelo BB.

    Para mais informações e acesso a conteúdos exclusivos, siga-nos em nossas redes sociais:

    leia também
    Para Mais conteúdo exclusivo, siga nossas redes!
    DESIGN & CODE BY Mobme