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    Artigo

    Mercado imobiliário dá sinais de recuperação em “V”

    Por Raul Barreto, associate de Real Estate da Captalys

    Agosto/2020

    O ano de 2020 prometia ser bastante promissor para o mercado imobiliário – o setor estava decolando como um foguete e havia, inclusive, a expectativa de um novo boom. Então chegou o novo coronavírus e com ele a pandemia da Covid-19, que mudou as expectativas e os rumos da sociedade atual em todo o mundo.

    Com muita cautela no começo, o setor puxou o freio – mas passado o susto inicial, as coisas começam a voltar à normalidade. Três grandes companhias da construção civil – Lavvi, You Inc e Melnick Even – estão no calendário de oferta de ações da B3 para os próximos meses. As empresas já sinalizaram que vão retomar seus processos de abertura de capital na Bolsa de Valores no segundo semestre de 2020. Aliás, duas outras empresas fizeram seus IPOs (sigla para oferta pública de ações) este ano: em fevereiro, Mitre e Moura Dubeux abriram capital na B3.

    Na Captalys, desde o início da pandemia nos posicionamos sabendo que a crise seria temporária e que haveria uma retomada do mercado imobiliário no médio ou longo prazo. Sabemos disso pelo contexto do país: o Brasil tem um elevado déficit habitacional e as taxas de juros hoje são as mais baixas da história, fazendo com que o crédito fique mais barato tanto para as incorporadoras quanto para o cliente final. 

    Neste cenário, vemos que muitos investidores estão deixando a renda fixa e preferindo alocar seu capital no mercado imobiliário, o que também contribui com a retomada. Esse novo fôlego no setor acontece por algo conhecido como “retomada em V” – quando um mercado cai rapidamente, mas também sobe rápido.

    Os números apontam queda nas vendas em abril, mas um abrandamento já em maio e junho. É como se as pessoas tivessem apenas adiado suas compras, e não desistido completamente delas. Para que fique mais claro, deixo aqui os números: o Sindicato da Habitação (Secovi-SP) registrou vendas de 1.923 imóveis novos em abril, queda de 27,7% em relação ao mesmo mês em 2019 e de 28,3% em relação a março de 2020. Em maio, já foram 2.405 unidades vendidas e em junho, 2.984, um resultado 24,1% superior ao mês anterior.

    Acreditamos tanto na retomada do mercado imobiliário que direcionamos nossas linhas de crédito para isso, incluindo produtos que casam perfeitamente o pagamento do empréstimo com o fluxo de vendas do estoque, não havendo a necessidade de a empresa retirar recursos do caixa durante a operação.

    Temos ciência do protagonismo que podemos exercer no mercado imobiliário nesse momento. Ao conceber nossas linhas de crédito, criamos estruturas pensadas nas dores do setor e fazemos nossa parte para que as empresas saiam ainda mais consolidadas desta crise. De uma coisa não temos qualquer dúvida: todos sairemos mais fortes da pandemia.

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