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    Locação de galpões deve fechar 2018 com melhor resultado dos últimos três anos

    E-commerce teve a maior demanda do setor no primeiro semestre

    13/12/18

    Fortemente prejudicado com a crise econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos, o segmento de galpões logísticos e industriais vem alcançando melhores desempenhos em 2018, com menor quantidade de novos estoques – consequência de menos lançamentos no período – e redução da taxa de vacância, com um preço por metro quadrado (m²) que tem oscilado ligeiramente para cima após apresentar constantes declínios desde 2013.

    De acordo com levantamento feito pela NAI Brazil, o acumulado de locações do primeiro semestre alcançou 47% da média histórica do mercado entre os anos de 2012 e 2017, sendo puxado para baixo pela greve dos caminhoneiros no mês de maio – o segundo trimestre teve locação 15% menor em relação aos três primeiros meses do ano, equivalente a 345 mil m².

    Nos primeiros seis meses de 2018, a absorção líquida no setor de galpões foi de 382 mil m², o que equivale a 96% do total do ano passado (399 mil m²) e a 78% do total de 2016 (486 mil m²). Logo, este deve ser o melhor ano para o segmento de galpões desde 2015, quando as locações líquidas somaram 868 mil m².

    O setor de E-commerce apresentou a maior demanda do último trimestre, com 31% do total de locações do período, seguido por Logística e Transportes (30%) e Industrial (12%). O Estado de São Paulo foi o principal mercado para galpões, representando 68% dos aluguéis. Para se ter ideia da importância desta praça no cenário nacional, o segundo estado com maior atividade foi o Paraná, com 8% do total.

    Apesar do bom volume de negócios, as devoluções somaram 39%, com mais desistências nos setores de Alimentos e Indústria (52%), novamente tendo São Paulo como líder, com 51%. O Amazonas aparece em seguida, curiosamente com uma única devolução, porém equivalente a 22 mil m² (16% do total nacional).

    A absorção líquida (quantidade alocada menos negócios desfeitos) do segundo trimestre foi melhor em relação ao primeiro, superando inclusive a expectativa de especialistas. “Em termos de crescimento do mercado, o acumulado do segundo trimestre alcançou mais da metade do volume esperado para o ano inteiro”, afirma Rogério Luz, gerente nacional de Locações da NAI Brazil, no relatório divulgado pela empresa.

    Vacância tem ligeira queda e preço do m² se mantém estável

    A taxa de galpões desocupados fechou no menor patamar desde a média anual de 2015, em 24% – ligeiramente abaixo dos 25,4% em 2016, 25,6% em 2017 e 25,3% no primeiro semestre de 2018. Na análise do diretor de Serviços Industriais e Logísticos da CBRE, Fernando Terra, a atual vacância deve ser totalmente absorvida em 2020, levando em conta os sinais de retomada da economia.

    No período observado, somente o Estado do Amazonas apresentou elevação na taxa de vacância, justamente devido à devolução do galpão de 22 mil m². A expectativa é que o índice se mantenha na casa dos 24%, podendo apresentar melhores resultados em 2019 com a aceleração da economia.

    Com relação ao preço médio do m², houve pequeno aumento, para R$ 18,89, mas o valor ainda é o menor desde 2012 (R$ 19,21). O pico da série histórica foi em 2013, quando chegou a custar R$ 20,18 na média nacional. A tendência é que os preços mantenham leve alta nos próximos meses, em compasso com o controle da oferta e entrega moderada de novo estoque – foram apenas 52 mil m² entregues no segundo trimestre.

    Na opinião de especialistas, o novo governo é bem visto pelo mercado, o que deve fortalecer o consumo e aquecer a demanda por galpões. Com maior liberdade econômica e investimento em segurança pública, os custos das empresas devem cair e haverá mais espaço no orçamento para investimentos no setor.

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