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    iBuyer: saiba mais sobre o novo modelo de negócio do setor imobiliário

    Imóveis do mercado secundário são reformados e vendidos tais como novos. Há concorrência com os lançamentos? Entenda

    13/11/19
    Por Henrique Cisman

    Um novo modelo de negócio no ramo imobiliário vem ganhando espaço na mídia e chamando a atenção do setor. Trata-se do iBuyer, como é chamado o processo no qual uma empresa adquire imóveis usados, realiza reformas e os revende no mercado secundário, tornando mais ágeis as negociações.

    Em entrevista à Smartus, o co-fundador e diretor de negócios da Loft, João Vianna, explica que o iBuyer é considerado inovador porque organiza o vasto mercado secundário, que é maior em quantidade de transações e em volume negociado em relação ao mercado primário. “O mercado secundário no Brasil é extremamente desestruturado e pulverizado, espalhado em uma série de pequenas imobiliárias no país inteiro, e não existe uma plataforma que consolide isso”, afirma Vianna.

    Neste modelo, o mercado secundário deixa de funcionar no sistema C2C (costumer to costumer) e passa a operar no B2C (business to costumer). “O que o modelo iBuyer faz é um tipo de transação em que a pessoa que tem o imóvel vende para uma empresa e o comprador adquire de uma empresa, gerando mais eficiência para o processo como um todo”, completa.

    Em resumo, a vantagem para os donos de imóveis é receber uma proposta à vista pelo apartamento à venda, reduzindo tempo e burocracia. Para quem deseja comprar, há mais facilidade de acesso às opções de imóveis no bairro desejado, auditoria jurídica e reforma da unidade realizada pela intermediadora. “A Loft faz uma seleção muito criteriosa dos imóveis que compra para colocar à venda e entrega todos os apartamentos reformados com 1 ano de garantia”, diz Vianna.

    Atualmente, os portfólios são estritamente compostos por imóveis de médio ou alto padrão (acima de R$ 1 milhão) e limitados a poucos bairros de São Paulo, mas há espaço para preços mais competitivos e outras praças, opina o co-fundador da startup, que a partir do ano que vem expande as operações para o Rio de Janeiro.  

    Apesar da profissionalização do processo, Vianna não avalia o iBuyer como um competidor do mercado primário. “O comprador do mercado primário está buscando soluções que não encontra no mercado secundário, como localização ou uma estrutura de lazer que não existe nos empreendimentos antigos. Além disso, a diferença de preço entre os dois é muito grande – de 40% a 50% mais baratos em relação aos lançamentos. São perfis de clientes diferentes”, argumenta.

    Fundador e CEO da startup Zillow, Richard Barton afirmou ao veículo The Real Deal que o iBuyer representa para o mercado imobiliário o que a Netflix foi para as videolocadoras. Barton já foi membro do conselho da Netflix e tem investido pesado para a Zillow entrar no modelo iBuyer.

    “Originalmente, a Zillow é um portal. Ela não é incorporadora e vende de tudo, tanto lançamentos quanto mercado secundário. O ponto dele [Richard Barton] – o motivo pelo qual a Zillow entrou [no iBuyer] – é criar uma experiência melhor para o consumidor no mercado secundário”, opina Vianna.

    No Brasil, ainda há poucos players atuando no modelo iBuyer – além da Loft, o Grupo Zap e a startup Keycash são outros exemplos -, mas, dado o tamanho do mercado secundário e sua baixa estrutura, a tendência é de crescimento. 

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