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    Artigo

    4 aprendizados sobre Home Equity

    Por Rossana Costa, diretora da GEO, para a Smartus

    Julho/2020

    As operações de Home Equity – também conhecidas como Crédito com Garantia de Imóvel (CGI) ou Refinanciamento – cresceram no Brasil, registrando em 2019 um aumento de 58% ante o ano anterior (Abecip). Esse ganho de relevância foi perceptível no dia a dia da GEO, empresa de tecnologia pioneira na gestão e distribuição 100% online de seguros imobiliários e de crédito. 

    Ao perceber carência do mercado por informações precisas e estruturadas sobre o tema, a companhia criou o estudo “Home Equity: determinantes para o crescimento da modalidade no Brasil”, o qual contou com a participação de players relevantes do mercado financeiro. Neste artigo, são destacadas 4 lições sobre esta modalidade de crédito que promete seguir crescendo nos próximos anos.

    1. A importância do Home Equity para o mercado imobiliário

    Apesar de o Home Equity não representar uma fonte de recursos direta para a construção, ele consiste em uma injeção significativa de recursos na economia e ao mesmo tempo o fortalecimento dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) no mercado de capitais. Isso fica evidente ao observar os números do ano passado,  em que houve a estruturação de mais de 560 novos FIIs e um crescimento de 100% nas ofertas públicas registradas.

    2. A importância do seguro nessas operações

    A Lei Federal nº 9.514/1997 dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) estipulando regras básicas aplicáveis às operações de crédito imobiliário em geral. O BACEN define quais operações de crédito podem ser incluídas no Sistema de Financiamento Imobiliário. 

    Nesse contexto, a operação de empréstimo de pessoa física com garantia de imóvel (Home Equity) foi incluída no SFI através de Resolução BACEN nº 4.676/2018. Por sua vez, esta Resolução prevê em seu artigo 5º, parágrafo IV, a exigência de contratação de cobertura securitária estabelecida na legislação para todas as operações de crédito imobiliário de forma compulsória.

    A cobertura de Morte e Invalidez Permanente (MIP) exigida nos contratos de crédito imobiliário é disponibilizada no Portal GEO, onde é possível fazer a contratação e a gestão das apólices de forma totalmente online. A digitalização do seguro “de ponta a ponta” – contemplando todas as etapas da operação – traz agilidade para as empresas credoras realizarem a contratação e o acompanhamento desde a abertura da apólice até a liquidação do sinistro.

    3. Os principais gargalos que dificultam maior popularização do Home Equity no Brasil

    Duas crenças contribuem para o que o desenvolvimento do Home Equity no Brasil ainda esteja longe de seu potencial. A primeira é de que é ruim tomar crédito. A segunda é a de que é perigoso usar o imóvel como garantia. Viviane Sales, VP de Home Equity da Creditas, principal plataforma online de crédito com garantia do Brasil, afirma que “muitas pessoas ainda relacionam empréstimo como algo negativo, mas a verdade é que depende do empréstimo. Existem empréstimos saudáveis, que cabem no bolso, e empréstimos com juros muito caros e altas parcelas, que podem, sim, prejudicar a vida financeira”.

    A segunda crença foi comentada no estudo pela Bcredi, plataforma especializada na originação e na gestão de créditos com garantia de imóvel. Nas palavras de Gabriel Zamora, Head de Capital Markets, “o brasileiro utiliza regularmente linhas de crédito caríssimas como cheque especial e cartão de crédito, mas tem muita relutância em colocar o imóvel como garantia, o que deixaria a vida [financeira] dele muito mais saudável”.

    4. O que precisa ser feito para continuar alavancando o Home Equity no Brasil

    Existe hoje uma clara coordenação entre Banco Central (Bacen), Ministério da Economia (ME) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fomentar e regular as operações de Home Equity. 

    Em coletiva de imprensa no dia 9 de janeiro de 2020, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que “o mercado de home equity é outra importante fonte de recursos para fazer a roda da economia girar” e que está na agenda prioritária do Bacen “avançar em mudanças que permitam o desenvolvimento pleno do mercado de capitais brasileiro”.

    Essa postura e iniciativas como autorização para uso de contratos de Home Equity na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e possibilidade de utilizar o mesmo imóvel como garantia de mais de um contrato de dívida são fundamentais para que a modalidade seja cada vez mais atrativa para investidores e consumidores.

    Confira o estudo na íntegra clicando aqui.

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