13/5/19

Como ocorre com vários outros serviços dos quais necessitam incorporadoras e construtoras, contratar um seguro para o empreendimento pode ser um negócio burocrático se o processo acontecer pelos padrões tradicionais. Mas a digitalização chegou para melhorar essa realidade e hoje já é possível cotar preços e emitir apólices em menos de 24 horas.

Este é o caso de clientes da GEO Big Data, empresa que atua há 14 anos no desenvolvimento de seguros para o setor imobiliário. “O projeto é, desde a fundação, 100% digital, e isso, por incrível que pareça, chegou primeiro na construção civil”, afirma a diretora da GEO, Rossana Costa.

Ela explica que a digitalização do passo a passo necessário para a contratação de um seguro imobiliário facilita a vida dos clientes, sejam eles incorporadores, construtores, cooperativas de crédito, consórcios, securitizadoras e até mesmo bancos credores. “Ser digital é ter entrega rápida. A cotação e emissão da apólice, que levariam alguns dias no mercado comum, acontecem em 24 horas”.

Rossana destaca que a atuação da GEO é diferente de outras prestadoras de serviços de tecnologia de seguros. “Geralmente, usa-se o produto de uma seguradora, e apesar de sermos uma empresa tecnológica desde a fundação, desenvolvemos esse produto em si”. Para isso, é feito um estudo completo do mercado e elaborado algo específico a determinado segmento ou necessidade.

A empresa oferece atualmente quatro tipos de seguro para o setor imobiliário, sendo três deles praticamente exclusivos, comenta Rossana. O mais comum do pacote, que cobre riscos de engenharia (danos acidentais ocorridos ao longo da obra), foi concebido a partir de consultas aos players do mercado para apresentar diferenciais em relação aos planos convencionais.

“Esse é um produto conhecido, que mais de 100 seguradoras operam em determinado padrão, então a GEO ouviu as dores do mercado de construção, reclamações de falta de cobertura, das excessivas franquias, e desenvolveu um produto sem franquia, que pode ser pago durante todo o prazo da obra, sem juros, o que facilita o fluxo de caixa da construtora”, esclarece.

A empresa desenvolveu também o seguro de garantia de entrega de obra, porém não há previsão de lançamento no mercado, já que nenhuma seguradora garantiu a operação até o momento – apesar de desenvolver os planos de seguro, a GEO não elimina o papel das seguradoras parceiras, responsáveis pelo pagamento do sinistro e demais funções exercidas pelo tomador do risco.

“Mercado percebeu que tecnologia é uma tendência necessária”

Na avaliação da diretora da GEO, o mercado imobiliário percebeu – principalmente nos últimos anos – que a tecnologia é uma tendência necessária para otimizar custos e melhorar em relação à concorrência. “[Os players] estão buscando tecnologias no Brasil e no exterior, então existe um caminhar em relação à inovação, em formas de ganhar velocidade de entrega com qualidade e eficiência”, diz.

A especialista observa que a tecnologia força a evolução das prestadoras de serviços de seguros: “Tem que ser tecnológico, não enxergo a continuidade de operação de, por exemplo, produto de risco de engenharia que leva uma semana para o incorporador receber uma proposta e decidir se vai contratar ou não”, exemplifica, completando que a digitalização não é uma realidade distante.

Segurança da operação se mantém

A agilidade do processo não prejudica a segurança da operação. “O que propomos é uma subscrição na conta do usuário, criar parâmetros para que, conforme o cliente preencha a subscrição, ela vá acontecendo”. Rossana destaca que se algum campo divergir do que é aceito pela seguradora, o sistema emite um alerta com os ajustes que o incorporador precisa fazer.

“Não se está fazendo uma subscrição frágil, apenas agilizando o processo, então o mercado segurador tem que aderir a esse modelo”, finaliza.

Rossana Costa é presença confirmada no Smartus Proptech Summit.

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