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    Editorial

    Cedo ou tarde, Covid-19 vai passar. Qual será o tamanho do estrago?

    Economia sucumbe às consequências da pandemia, mas alguns setores tendem a sofrer menos

    Março/2020

    Não, não vamos trazer números catastróficos neste editorial – eles já saltam aos montes nas páginas de notícias. Sim, a economia está sendo e ainda será mais prejudicada pelo iminente colapso dos mercados – as companhias aéreas e de turismo que o digam. 

    Não é exagero dizer que o momento é de pânico. Quando pessoas fazem compras aos montes nos supermercados com medo de desabastecimento, e justamente causam o que temem, há um claro sinal de desespero.

    Como uma empresa de conteúdo que serve não somente – mas principalmente – o mercado imobiliário, o foco, aqui, é ser racional sobre o atual momento: ele é ruim e crítico, mas temporário. Ainda, apesar de ruim, a momentânea crise tem menos impactos sobre alguns setores do que sobre outros e, neste ponto, o imobiliário está em vantagem (ou menor desvantagem).

    As possíveis perdas para o mercado imobiliário são, por exemplo, redução de orçamentos públicos para subsídio à habitação, menor parcela do FGTS utilizado no crédito imobiliário, aumento do desemprego entre os brasileiros e redução do interesse pela compra de imóveis. Todos estes são riscos, mas ainda não são fatos. 

    Pensando na economia, não saber quando isso tudo termina poder ser devastador. Tal incerteza enfraquece os negócios, desmonta as estratégias e transforma as empresas, sem mencionar o próprio impacto nas inúmeras famílias que sofrerão com todos os desdobramentos das decisões radicais nas organizações.

    Muitas empresas estão em regime integral de home office. Outras, realizando cortes. Muitos influenciadores digitais dizem que as empresas precisam se reinventar, se reestruturar. É fato, mas por um único motivo: as empresas estão como um trem carregado que sabe que vai bater. Logo, estão reduzindo seu peso para que o impacto não seja tão devastador.

    As indústrias de aviação, turismo e eventos foram as primeiras impactadas, por motivos óbvios. Neste momento, hotéis, escritórios e shoppings já sentem muito duramente o choque da impossibilidade de deslocamento e aglomeração das pessoas. Não ficam de fora os mercados residencial e de loteamentos, que sofrem especialmente pela dificuldade para realização de trâmites burocráticos na comercialização ou aluguel (cartórios, imobiliárias, estandes de venda, todos pontos a serem evitados na contenção da pandemia). Os setores de industrial e logística, ao que tudo indica, podem sair sem muitas escoriações desta fase ou, no máximo, serão impactados pelo freio da economia como um todo.

    É conveniente falar sobre oportunidades diante de adversidades. Todos já ouvimos o ditado sobre a “oportunidade de vender lenço para quem está chorando”. Mas quem está preparado para uma pandemia global? Aliás, quem não teve seus planos e projetos de 2020 amplamente alterados? 

    A corrida, agora, é contra o tempo, para que as empresas encontrem maneiras de gerar valor a seus clientes remotamente. Um baita desafio, especialmente pela ausência da interação humana tanto internamente como no contato com os clientes.

    Voltando à questão da oportunidade, a baixíssima demanda deve baratear os preços de terrenos e prédios à venda. Se há dinheiro em caixa, é uma boa hora para aumentar o estoque visando lançamentos futuros.

    Cedo ou tarde, todos sabemos, o Covid-19 (como foi batizado o novo coronavírus) vai passar. Ainda não conseguimos mensurar o tamanho do estrago econômico, sem falar nos irreparáveis danos individuais aos que perderam e ainda vão perder familiares e queridos nesta pandemia (quiçá a própria vida). 

    O que se está fazendo agora é conter a curva de crescimento das infecções. São medidas até radicais, mas necessárias. Quanto maior for essa curva, mais pessoas morrerão, pois os sistemas de saúde (nem se somados públicos e privados) conseguem dar conta da demanda. A contenção é prudente, embora dolorosa.

    Shoppings vazios, restaurantes fechados, eventos cancelados, indústrias paralisadas, mercados de ações derretendo, todos estes são sinais que já podemos observar. Para o mercado imobiliário, fica o alento de conseguir, por ora, se manter sem muitos danos.

    A pandemia vai passar e o setor voltará ainda mais forte para a retomada que iniciou no ano passado. Resta saber quanto tempo demoraremos para voltar a patamares de ritmo de crescimento dos primeiros dois meses deste ano.

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