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Notícias
Construção civil cria 50 mil empregos e segue com saldo positivo no ano
Enquanto isso, mercado informal continua mais comprometido pela pandemia
Daniel Caravetti
05/10/2020
De acordo com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia), no mês de agosto, o saldo de empregos formais no Brasil foi positivo em quase 250 mil postos de trabalho, com variação relativa de 0,6%. Desse total, 1/5 foi gerado pela construção civil, que teve aproximadamente 150 mil admissões e 100 mil desligamentos, com saldo de 50 mil empregos e variação relativa de 2,3%.
Assim como havia ocorrido no mês de julho, a construção foi o segundo ramo que mais gerou empregos, mas desta vez atrás da indústria, que abriu quase 93 mil vagas. Vale ressaltar que, em agosto, todos os macro setores – que ainda incluem agropecuária, comércio e serviços – apresentaram desempenhos positivos. O mesmo aconteceu na análise por regiões do país.
Com o resultado, o número de trabalhadores com carteira assinada na construção passou a ser de 2,225 milhões, o maior patamar de 2020. Mesmo em meio à pandemia, a variação do ano é positiva em 2,7% ou 58 mil empregos criados no setor. Em 2019, o aumento foi de 71 mil e, em 2018, houve queda de 51 mil. Já considerando toda economia brasileira, existe uma baixa de 2,2% nos empregos formais neste ano.
Quanto ao salário médio de admissão, contudo, três dos cinco macro setores apresentaram baixa, sendo a maior delas da construção civil, no qual o valor caiu 3,6% e chegou a R$ 1.799,48. De qualquer maneira, vale lembrar que o setor ainda teve o segundo salário de admissão mais alto de agosto e vinha de duas altas mensais consecutivas, de 2,13% e 4,87%. No geral, o salário médio de admissão no Brasil foi de R$ 1.725,62.
Já em relação ao trabalho intermitente, o país teve saldo de 8 mil empregos, sendo que todos os setores apresentaram balanços positivos. Atrás de serviços e indústria, a construção obteve o terceiro melhor resultado, com mais de 1,7 mil vagas abertas.
Resultados por segmento da construção
Segundo o Novo Caged, os serviços especializados para a construção foram responsáveis por quase 13 mil vagas, ou 25,5% do total de 50 mil em agosto; as obras de infraestrutura responderam por 20 mil ou 40,6%, e a construção de edifícios, por 17 mil empregos formais ou 33,7%.
Este último número destacam a importância do mercado imobiliário na retomada da construção. Vale lembrar que a atividade imobiliária, inserida no macro setor de serviços, foi responsável pela criação de outras mil vagas formais em agosto.
Atividade informal
Mesmo sendo um indicador muito importante para avaliar o desempenho da construção, o Novo Caged divulga apenas os dados relativos aos empregos com carteira assinada, ocultando o comportamento do trabalho informal. Para isso, é válido acompanhar, também, a PNAD-Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Segundo o levantamento mais recente divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de maio a julho deste ano, em relação ao período de fevereiro a abril, a construção perdeu quase 560 mil ocupações, registrando queda de 9,5%. Já no comparativo com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 19,7%, ou 1,3 milhão de ocupações.
Desse modo, nota-se que, mesmo com uma resiliência nos trabalhos formais na construção, o mercado informal ainda sofre os efeitos da pandemia. Considerando outros segmentos da economia, este panorama se repete: entre maio e julho de 2020, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, 1,4 milhões de pessoas perderam seus trabalhos informais, baixa de 3%.
Foto: Duallogic/Envato
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