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    Notícias

    Como a pandemia afetou o mercado imobiliário do Pará?

    Recuperação pode ser acelerada com utilização de tecnologia na aprovação de projetos

    Daniel Caravetti

    25/06/2020

    Assim como acontece no restante do Brasil, o mercado imobiliário do Pará vem sofrendo com as consequências da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o censo imobiliário do Sinduscon local (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará) referente ao 1º trimestre de 2020, houve uma redução de 25% nos lançamentos e de 10% no volume de negócios.

    Este cenário deve se estender por mais tempo, uma vez que o isolamento social vem sendo prolongado em todo país. No Pará, inclusive, muitos municípios, como a capital Belém, chegaram a aderir ao lockdown e estipularam multas para aqueles que descumprissem as medidas de restrição impostas. O presidente do Sinduscon/PA, Alex Carvalho, fala sobre o panorama.

    “O principal problema é a economia como um todo. Tivemos lockdown, paralisação das obras, redução na oferta de crédito, consumidores perdendo interesse pelas contratações, renegociação de contratos e indústrias suspendendo a produção de materiais necessários nas obras. Isso tudo proporcionou um desaquecimento, mas aos poucos deve voltar ao normal”, diz para a Smartus.

    O especialista também cita o importante papel da Caixa Econômica Federal para que o impacto não seja ainda mais grave no setor, através, principalmente, da facilitação de crédito e da flexibilização de pagamentos. Esse é um dos motivos para que Carvalho siga otimista quanto à recuperação.

    “O ano ainda é uma incógnita e qualquer prognóstico é um exercício de futurologia. Contudo, sabendo do histórico do setor imobiliário e de construção, que sempre demonstrou grande capacidade de reação, não há dúvidas que haverá uma retomada. O empresariado vai reverter a situação com novas percepções sobre o mercado”, entende.

    Para isso, o setor também necessita da colaboração de outros agentes, como os órgãos públicos. Mesmo antes da pandemia, a morosidade destas entidades já era um dos principais problemas no desenvolvimento imobiliário do Pará. 

    De acordo com o presidente do Sinduscon, toda parte burocrática que envolve a atividade imobiliária no estado, como aprovações de documentos em prefeituras e tramitação em cartórios, ainda é precária. Com o isolamento social, a situação se agravou: “Aquilo que já era lento, tornou-se impraticável”, revela o.

    Vale lembrar que o Pará não está entre os estados que implementaram efetivamente o Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis durante a pandemia. Nos locais onde já é utilizada, a tecnologia tem exercido papel fundamental, propiciando dinamismo na tramitação dos documentos.

    “Segurança jurídica é fundamental, mas não pode ser uma inimiga. Hoje, uma casa é construída em cinco dias, porém, demora três meses para ser legalizada. Existe um desequilíbrio muito grande entre a parte burocrática e o operacional da construção de imóveis no Pará”, afirma Carvalho.

    Para avançar neste e em demais assuntos relativos ao mercado imobiliário paraense, o presidente do Sinduscon ressalta a importância do Smartus Fórum Imobiliário que acontecerá em ambiente online no dia 9 de julho. 

    Além de Alex Carvalho, o superintendente executivo de habitação da Caixa Econômica Federal, Pedro Rocha, e o presidente da Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Pará), Bruno Miléo, são presenças confirmadas, dentre outros especialistas do mercado imobiliário. Clique no link e veja os detalhes do evento.

    Foto: Bruna Brandão / MTUR

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