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    Fundo Imobiliário do Estado de São Paulo começa a operar na Bolsa em março

    Com 264 imóveis no portfólio, governo espera arrecadar R$ 300 milhões em 2019

    21/2/19

    O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) do Governo do Estado de São Paulo começa a operar na Bolsa de Valores a partir do próximo mês, inicialmente com 264 imóveis no portfólio, dentre prédios comerciais e residenciais, terrenos, barracões e ginásios. A prática é inovadora no País, tratando-se do primeiro fundo cujo maior cotista – e único, até o momento – é um órgão público.

    Pelos cálculos do secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, já em 2019 o governo espera arrecadar em torno de R$ 300 milhões com vendas (principalmente) ou outras formas de monetização dos ativos imobiliários. Os 264 imóveis da carteira são estimados em quase R$ 1 bilhão.

    No mês passado, ao anunciar o início da operação do fundo, o governador João Dória destacou que sua administração espera se desfazer de 22 mil imóveis “sem utilidade”. Para o mercado imobiliário, o objetivo do governo se configura como oportunidade para movimentar o setor e gerar novos negócios.

    Embora não seja a finalidade principal do fundo, é possível que o FII paulista invista no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, conforme indicou Marcelo Varejão, diretor da Socopa (corretora responsável por administrar os ativos conjuntamente com a gestora TG Core, ambas vencedoras da licitação realizada no ano passado, através de um consórcio).

    Alternativa ao modelo tradicional

    Com cerca de 30 mil imóveis, muitos deles inúteis e custosos aos cofres do Estado, o governo paulista tenta se desfazer dos ativos há anos, porém vinha obtendo pouco sucesso através dos modelos convencionais – por licitação ou concorrência pública. De acordo com o diretor da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Mario Engler, a taxa de sucesso nas negociações é de apenas 9%.

    Transferir os imóveis para um fundo também é vantajoso do ponto de vista da gestão dos ativos, que é feita por profissionais do mercado. Assim, há maiores chances de valorização dos empreendimentos e mais rentabilidade para os cotistas. A partir da operação do FII de São Paulo na Bolsa, novos investidores devem adquirir cotas, gerando receita para o fundo.

    De acordo com o Governo de São Paulo, as unidades escolhidas para compor o portfólio inicial do fundo estão com toda a documentação regularizada, a fim de facilitar as negociações. Nos imóveis atualmente ocupados, as pessoas serão transferidas para outro local, afirma Engler.

    Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o patrimônio dos fundos imobiliários brasileiros cresceu 2.000% em um intervalo de 13 anos – entre 2005 e 2018, passando de 2,4 bilhões para 48 bilhões no período. O bom retrospecto neste início de ano mostra que a tendência é esse número se tornar ainda maior.

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