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    Com juros menores, crédito via SBPE tem melhor resultado em 53 meses

    Cenário permanece favorável ao financiamento imobiliário com nova queda da Selic e dos juros cobrados pela Caixa

    31/10/19
    Por Henrique Cisman

    A captação de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para compra ou construção de imóveis foi a maior dos últimos 53 meses em setembro, alcançando R$ 7,59 bilhões, de acordo com boletim da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O montante é 13,2% superior ao de agosto (que até então era o mês mais positivo do ano) e 54,5% maior em relação a setembro de 2018.

    Os recursos financiaram 27,2 mil imóveis, 3% a mais do que em agosto e 31,5% acima do registrado no mesmo período do ano passado. A diferença de aumento entre a quantia financeira captada e o número de imóveis adquiridos ou construídos indica maior procura por unidades com ticket médio mais elevado.

    Nos primeiros nove meses de 2019, a poupança direcionou R$ 54,7 bilhões para o mercado imobiliário, aumento de 34,1% em relação a igual período em 2018. A quantia representa 80% do previsto pela Abecip para o ano inteiro – lembrando que o último trimestre costuma ser o mais forte em vendas. Em 12 meses, os empréstimos somam R$ 71,3 bilhões, melhor resultado dos últimos 4 anos.

    O cenário se torna ainda mais favorável para o crédito imobiliário após o novo corte da Selic em 0,5%, para 5% ao ano (a.a.), em reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) realizada ontem (30). Trata-se do menor patamar da taxa oficial de juros do país. De acordo com o órgão, os atuais indicadores da atividade econômica, a inflação controlada e o cenário externo favorável a economias emergentes justificam a redução.

    Em comunicado, o Copom afirma que as expectativas de inflação para os próximos 4 anos encontram-se em torno de 3,3%, 3,6%, 3,75% e 3,5%, respectivamente, cenário que aponta para nova redução da Selic ainda em 2019, para 4,5% a.a., permanecendo nesse patamar ao longo de 2020 e elevando-se para 6,38% em 2021.

    Aprovada a reforma da Previdência, o órgão destaca a necessidade de manutenção da agenda para o cenário desenhado: “O Copom avalia que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para permitir a consolidação da queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.

    Horas antes da decisão do Copom, a Caixa anunciou nova redução nos juros das linhas de crédito imobiliário com recursos da poupança vinculados à Taxa Referencial (TR), tanto no SFH (Sistema Financeiro da Habitação) quanto no SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário). A partir de 6 de novembro, a taxa mínima passa a ser de TR + 6,75% a.a. e a máxima, TR + 8,5% a.a. Os percentuais se aplicam apenas a novos contratos. 

    Esta é a terceira redução das taxas dos juros imobiliários realizada pela Caixa em 2019. Os bancos privados com maior participação no crédito imobiliário também cortaram suas taxas mínimas vinculadas à TR: atualmente, o Bradesco tem a melhor mínima, TR + 7,3% a.a.; o Itaú oferece TR + 7,45% a.a. como mínima, e o Santander, TR + 7,99% a.a.

    Na semana passada, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco vai oferecer crédito imobiliário com juros prefixados, modalidade que deve ser implantada até junho de 2020. A instituição estatal já foi pioneira na cessão de crédito vinculado ao IPCA, iniciativa que vem dando certo: em 45 dias, a demanda já havia alcançado R$ 10 bilhões, resultado que era esperado para o período de 1 ano, destacou Guimarães. 

    Único banco a vincular os juros à inflação até o momento, a Caixa viu o apelo pela alternativa crescer em decorrência do IPCA abaixo dos 4%. Quem opta pela indexação ao índice inflacionário tem obtido descontos entre 30% e 50% nas prestações mensais, informou o presidente do banco. A taxa mínima é de IPCA + 2,95% a.a. e a máxima, IPCA + 4,95% a.a.

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